O projeto Arte em Cores está na fase de produção dos painéis individuais dos artistas selecionados na primeira etapa de sua 4ª edição, no Pará e no Maranhão. No Pará, as cidades contempladas são Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado do Carajás, Marabá, Ourilândia do Norte, Parauapebas e Tucumã. A iniciativa de arte urbana conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.
A artista Nhakbjere Kayapó, mais conhecida como Kamila Kayapó, está prestes a concluir a pintura de um painel em Ourilândia do Norte, no sul do Pará. Com suas raízes indígenas, Kamila se inspirou na cultura e no cotidiano de seu povo para criar uma obra que evidencia suas origens. “Essa é a primeira vez que faço uma pintura em mural, mas pinto desde criança. Aos 4 anos de idade, eu já pintava junto com minha mãe e minha avó. Agora, no Arte em Cores, é uma maneira de homenagear e compartilhar um pouco mais da cultura Kayapó com o mundo todo. É incrível ver como a arte pode ser uma forma poderosa de expressão e conexão entre diferentes culturas”, explicou Kamila.
“Minha inspiração vem da natureza ao meu redor. Vem dos rios da nossa Amazônia, fauna e flora, e ainda do cotidiano dos ribeirinhos”, destacou Iramar Gomes Candido, popularmente chamado de IramarART. Artista de Parauapebas, ele reforçou a importância do Arte em Cores para incentivar os trabalhos de tantos profissionais regionais. “Comecei aos 15 anos, pintando no caderno escolar, em Goianésia do Pará, mas já moro há 14 anos em Parauapebas. Já são 27 anos de estrada desenvolvendo a minha arte. Agora estou participando do Arte em Cores e o projeto está ajudando bastante a divulgar o meu trabalho e desenvolver o meu potencial”.
Jonas Barros criou a pintura “Apanhadores de Açaí”, baseada no alimento que brotava no quintal da casa dele, em Marabá, no sudeste do Pará. “É uma homenagem à cultura do Pará e minha região. E acredito que, mesmo com o avanço tecnológico e as redes sociais, a arte genuína tem bastante divulgação, porque as pessoas gostam de arte e querem conhecer o artista por trás de cada obra, mesmo que sejam anônimos, como já foi o meu caso. Agora, o Arte em Cores está me proporcionando a chance de mostrar e divulgar meu trabalho como artista, inclusive essa temática dos ‘Apanhadores de Açaí’ me levou a participar de uma exposição coletiva na França, na Galeria Namast’art”, celebrou o artista.
Nesta 4ª edição, o Arte em Cores selecionou 50 artistas visuais, sendo 25 do Pará e 25 do Maranhão. O projeto vai realizar a segunda fase de seleção entre os participantes para a criação de dois painéis coletivos: um em Canaã dos Carajás, no Pará, e outro em Bacabeira, no Maranhão. O painel coletivo de Canaã dos Carajás será realizado por 5 artistas do Pará; o painel coletivo de Bacabeira será realizado por 5 artistas do Maranhão. A produção dos painéis coletivos acontecerá ao longo de 4 dias corridos, com acompanhamento presencial de mentores e premiações adicionais fornecidas aos artistas selecionados. Ao final do projeto, fotografias de todas as obras produzidas serão expostas na Galeria Virtual do Arte em Cores: www.arteemcores.art.br.
TRAJETÓRIA DO PROJETO
Desde 2020, o Arte em Cores dedica-se a conectar pessoas e visibilizar o talento e a criatividade de artistas visuais do Maranhão e do Pará, bem como promover ações de capacitação e estimular a economia criativa. Ao longo de três edições, 175 artistas foram beneficiados e, além dos trabalhos individuais realizados em diversas cidades de ambos os estados, 7 grandes murais coletivos já foram produzidos em Açailândia (MA), Alto Alegre do Pindaré (MA), Buriticupu (MA), Belém (PA), Marabá (PA), que recebeu dois murais, e Parauapebas (PA).
A Galeria Virtual do Arte em Cores reúne fotografias de todas as obras já realizadas, em uma exposição online que amplia o acesso à produção artística. Em 2024, o projeto chega à sua 4ª edição, dando continuidade ao histórico de sucesso na valorização da arte urbana. O Arte em Cores é viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, apoio do Centro Cultural Tatajuba e realizado pelo Ateliê 22 e Ministério da Cultura – Governo Federal.
Imagens: Divulgação