O Curupira, figura do folclore brasileiro escolhida como mascote oficial da COP 30 conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em novembro em Belém (PA) gerou polêmica nas redes sociais. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou a escolha com uma ironia: “anda para trás e pega fogo”.
Na tradição popular, o Curupira é um guardião das florestas, conhecido pelos cabelos vermelhos e pelos pés virados para trás, que confundem caçadores. Ele pode se transformar em fogo para afastar ameaças, mas não anda para trás, como afirmou o parlamentar.
A escolha do mascote visa valorizar a cultura brasileira e reforçar o compromisso com a preservação ambiental, tema central do evento que reunirá líderes mundiais para discutir soluções à crise climática.
Em 2024, o Brasil registrou 30 milhões de hectares queimados, um aumento de 62% acima da média histórica. No entanto, dados do Inpe indicam que em 2025 houve queda de 46% nos focos de incêndio no primeiro semestre. O Mato Grosso lidera os registros de queimadas na Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Para combater as queimadas, o governo federal lançou o Projeto Manejo Integrado do Fogo, fortalecendo o Corpo de Bombeiros e brigadas especializadas nas áreas mais afetadas.
A COP 30, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro de 2025, será a primeira conferência do clima da ONU sediada na Amazônia, reunindo chefes de Estado e representantes da sociedade civil para discutir a proteção das florestas tropicais e o fortalecimento dos compromissos globais contra as mudanças climáticas.
Imagem: Reprodução Internet