O Festival Psica, maior evento multicultural da Amazônia, foi o grande vencedor do Prêmio Sim à Igualdade Racial 2025, na categoria Trajetória Empreendedora, reconhecido por seu impacto na cultura e na empregabilidade da região Norte. A cerimônia, promovida pelo Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), foi exibida neste domingo (25), na TV Globo, após o Fantástico.
Criado em 2012 pelos irmãos Gerson Junior e Jeft Dias, na periferia de Belém, o Psica nasceu com a missão de reposicionar o Norte como centro da criação cultural brasileira. Desde então, o festival se consolidou como símbolo de inovação e transformação social a partir da arte e da cultura popular amazônica. “É muito simbólico pra gente ganhar esse prêmio. O Psica nasceu do desejo de fortalecer a autoestima da juventude periférica da Amazônia e mostrar que o Norte não é margem, é centro”, destacou Gerson Junior.
O reconhecimento reforça a potência da produção cultural nortista e o papel do Psica na geração de emprego e na formação de redes criativas. Em 2023, o festival movimentou milhares de pessoas com mais de 30 atrações gratuitas, ocupando o Estádio do Mangueirão e a Cidade Velha. Impressionantes 83% do orçamento foram viabilizados por políticas públicas de incentivo à cultura.
Artistas como Gilberto Gil, Elza Soares, Ludmilla, Karol Conká e Luedji Luna já passaram pelos palcos do evento, que promove também dezenas de talentos locais. A edição mais recente, intitulada “O Retorno da Dourada”, utilizou o icônico peixe amazônico como metáfora para aprofundar os laços culturais da região com o restante do país.
O Prêmio Sim à Igualdade Racial, que chega à sua oitava edição, homenageia iniciativas que promovem a equidade racial no Brasil, com destaque para os pilares Cultura, Educação e Empregabilidade. Além do Psica, nomes como Itamar Vieira Junior, Alice Pataxó, o coletivo Batekoo e o clube indígena Gavião Kyikatêjê também foram celebrados.
A cerimônia, dirigida por Tom Mendes e roteirizada por Gil Alves e Dimas Novais, teve como tema “Carisma como força motriz”, exaltando a influência transformadora de quem, com afeto e ação, rompe desigualdades e inspira mudanças.
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