segunda-feira, dezembro 9, 2024
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Investimentos em comunidades quilombolas fortalecem preservação ambiental e segurança alimentar no Pará

Nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra, o Governo do Pará celebra os avanços na implementação do Projeto Sistemas Agroflorestais (PROSAF), conduzido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). O programa tem promovido impactos significativos em comunidades quilombolas, unindo preservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico. Entre os beneficiados estão os quilombos Moju Miri, em Moju, e Menino Deus, no Acará, que já colhem os frutos desses investimentos.

Em Moju Miri, na região nordeste paraense, foi instalado um viveiro comunitário com estrutura de ferro galvanizado, medindo 12×18 metros, que atualmente produz mais de 6 mil mudas de espécies nativas e frutíferas. A produção inclui 3.398 mudas de açaí, 689 de açaí branco, 1.325 de cacau, além de espécies como cupuaçu, bacaba e paricá. Segundo o Ideflor-Bio, essas mudas serão destinadas a plantios que começarão em 2025, em nove áreas já georreferenciadas.

Já no quilombo Menino Deus, no município do Acará, foi construído um viveiro semi-rústico, com capacidade para armazenar aproximadamente 4.940 mudas. A estrutura, erguida em parceria com a associação de moradores locais, abriga espécies como cupuaçu, muruci, graviola e cacau. O investimento incluiu cobertura, sistema de irrigação, insumos e uma caixa d’água para garantir a sustentabilidade da produção.

Incentivo – A gerente de Produção e Apoio aos Arranjos Produtivos Florestais, Laura Dias, destaca a importância do projeto para as comunidades quilombolas. “O PROSAF tem como objetivo não apenas promover o reflorestamento, mas também garantir a segurança alimentar e a geração de renda para essas comunidades, fortalecendo a preservação da cultura quilombola e do meio ambiente”, frisou.

Os plantios realizados com as mudas produzidas nos viveiros deverão trazer impactos a longo prazo, tanto para a biodiversidade local quanto para a economia das comunidades. O cacau, o açaí e outras espécies nativas são vistas como potenciais vetores de desenvolvimento, conciliando conservação ambiental e geração de riqueza.

O diretor de Desenvolvimento da Cadeia Florestal do Ideflor-Bio, Vicente Neto, ressalta o impacto social do projeto. “Essas ações mostram que é possível aliar a sustentabilidade ambiental ao desenvolvimento econômico, proporcionando autonomia e melhorias nas condições de vida das comunidades quilombolas”, enfatiza o dirigente.

Valorização – Além dos benefícios diretos, o projeto PROSAF contribui para a preservação do legado histórico e cultural dos quilombolas. Ao fortalecer as bases econômicas e ecológicas dessas comunidades, o Estado do Pará se coloca como referência em ações de desenvolvimento sustentável voltadas à inclusão social e à valorização de suas raízes.

Para o presidente em exercício do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho, os resultados são motivo de orgulho, especialmente em uma data tão simbólica. “Neste Dia da Consciência Negra, reafirmamos nosso compromisso com a valorização das comunidades quilombolas e com a construção de um modelo de desenvolvimento inclusivo e sustentável”, enfatizou.

Fonte: Agência Pará/Foto: DDF/Foto: Ideflor

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