sexta-feira, julho 26, 2024
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Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale apresentam “Circulação Ubu: o que é bom tem que continuar!”

O projeto traz apresentações de teatro e oficinas gratuitas a Belém, chegando ao distrito de Outeiro, e Ananindeua. O projeto é realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale. A programação vai de 21 a 28 de maio. 

A turnê do projeto pelo Norte e Nordeste do país, conta com os grupos de teatro potiguares Clowns de Shakespeare, Facetas e Asavessa, com apresentações do espetáculo “Ubu: o que é bom tem que continuar” e oficinas. 

A itinerância chega ao Pará, após rodar parte do Brasil com mais de 50 apresentações realizadas desde 2022.  A narrativa do espetáculo parte dos personagens Pai e Mãe Ubu, da clássica obra Ubu Rei, de Alfred Jarry, que aposta no humor e na ironia para tecer críticas à hipocrisia e à falta de escrúpulos que permeiam o poder.

Encenado pela primeira vez em 1888, o texto segue atual e se permite à adaptações no presente. Em “Ubu: o que é bom tem que continuar!” , os personagens vivem num país chamado Embustônia, com ares latino-americanos, em novo cenário, entre influencers e cachos de bananas, mantendo, porém, suas características originais.

Sátira política e de caráter popular, a peça é apresentada ao ar livre, dialogando com o público, colocando em cena temas como injustiças sociais e manipulação de informação, pautas atuais e debatidas mundialmente. 

A produção da obra se deu a partir da análise do trabalho de bufão, termo referente a uma figura dramática marginalizada da idade média, uma espécie de palhaço grotesco e ao mesmo tempo charmoso, crítico dos setores dominantes da sociedade. Outros referenciais para a construção da obra foram a música, composta e executada pelo próprio elenco, e a expressão e potência do teatro popular enquanto espaço coletivo de comunicação, de troca e de construção do pensamento crítico.

Oficina compartilha experiência e estratégias do teatro de rua

A oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua” apresenta aos participantes as principais estratégias adotadas pelos Clowns de Shakespeare em suas criações cênicas, visando a construção de uma cena que dialoga diretamente com a tradição do teatro popular e de rua. Assim, serão compartilhados procedimentos de criação que deram origem ao espetáculo mais recente do grupo, “Ubu: o que é bom tem que continuar!”.

Em Belém, será realizada nos dias 21 e 22 de maio, na Casa da Linguagem, das 9h às 12h. Em Ananindeua, nos dias dia 27 e 28, das 10h às 13h, no Teatro do Parque Cultural Vila Maguary.  Com duração de 06 horas distribuídas em dois dias, a oficina tem como público-alvo os interessados em teatro de modo geral, com ou sem experiência, a partir dos 14 anos de idade. Número máximo de 30 participantes. Haverá presença de intérprete em Libras. E as inscrições para as oficinas deverão ser feitas pelo link no Instagram @teatroclowns.

Apresentações ganham sessões ao ar livre

O espetáculo em Belém, ganha sessões nos dias 24, em Outeiro, no estacionamento da Praia do Amor, e 25 de maio, na Praça do Carmo. Em ambos os locais, a apresentação inicia às 19h. Em Ananindeua, a primeira apresentação será no dia 26 de maio, às 15h, no barracão comunitário, da comunidade de Cabeceiras, na Ilha João Pilatos, e a segunda, no dia 28, às 19h, na área externa do Teatro Minicipal de Ananindeua, no Parque Cultural Vila Maguary. 

Não é necessária a retirada de ingressos para as apresentações. Todas as apresentações contarão com interpretação em Libras, serviço de audiodescrição e serão realizadas em locais que disponibilizam acessibilidade a pessoas com deficiência motora. 

O projeto é realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale. Apoio: Fundação Cultural do Município de Belém – FUMBEL; Fundação Cultural do Pará – FCP , Fundação Parque Cultural Villa Maguary Anani Beer e Padaria Verderosa.

História dos grupos que compõe a itinerância

Clows de Shakespeare – Fundado em 1993 em Natal (RN), desenvolve um trabalho continuado com foco na pesquisa, formação e criação em busca de um teatro de expressão popular, nordestina, brasileira e latino-americana. Esta trajetória de um teatro que alia rigor com potência de comunicação com o público, seja em salas de espetáculo ou na rua, fez com que o grupo seja hoje indicado como um dos principais da cena teatral brasileira. Com seus trabalhos, o grupo já circulou por todas as capitais brasileiras e por mais de uma centena de cidades interioranas pelo país, além de Equador, Colômbia, Peru, Chile, Uruguai, Bolívia, Portugal e Espanha, participando dos principais festivais do Brasil e grandes festivais estrangeiros, como o Santiago a Mil (Chile), FITEI (Portugal), FIT Cádiz (Espanha) e participou da programação da Capital Iberoamericana da Cultural Montevideo (Uruguai) e Ano do Brasil em Portugal. O grupo também trabalha com produção, treinamento e pesquisa e ministra cursos e oficinas, dentre as quais destaca-se o “Laboratório da Cena Clowns de Shakespeare”, que desde 2015 traz à Natal participantes de toda a América Latina para uma imersão de duas semanas no desenvolvimento de um curto processo de criação junto ao grupo.

Facetas – Nasceu em 1999 entre jovens da Escola Estadual Berilo Wanderley. De lá, o grupo conquistou o Departamento de Artes da UFRN e o cenário artístico da cidade. Dentre suas obras, destacam-se “O bizarro sonho de Steven”, contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz em 2008, “Ida ao teatro” e “Sal, menino mar”. O grupo fundou o TECESOL – Território de Educação, Cultura e Economia Solidária, espaço que hoje é o principal polo de criação e resistência cultural da cidade de Natal, abrigando diversos grupos, dentre eles os Clowns, o Grupo Estação e o Estandarte.

Asavessa – Grupo que surge como um desdobramento do Laboratório da Cena de Parnamirim 2015, realizado pelos Clowns de Shakespeare, tendo como obra inaugural “Julieta mais Romeu”, com direção de Paula Queiroz. Durante a pandemia, o coletivo criou dois trabalhos: “Este é um espetáculo autobiográfico mesmo que não sejamos um grupo com tempo suficiente de ter um espetáculo autobiográfico – e, sim, este título está longo demais” e “Hoje mais cedo vi um gato comer a língua de um porco”, ambos de 2021.

Sobre o Instituto Cultural Vale e o incentivo a cultura

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

FICHA TÉCNICA

Direção e dramaturgia: Fernando Yamamoto

Elenco: Caju Dantas, Diogo Spinelli, Giovanna Araújo, Paula Queiroz e Rodrigo Bico

Colaboração Dramatúrgica: Camilla Custódio

Figurino e adereços: Marcos Leonardo

Cenografia: Fernando Yamamoto e Rafael Telles

Dramaturgia musical: Marco França e Ernani Maletta

Música: Marco França, com colaboração de Franklyn Novaes, Maria Clara Gonzaga, Júlio Lima e Caio Padilha

Produção: Talita Yohana

Coordenação do projeto: Renata Kaiser

Elaboração de projeto, acompanhamento e prestação de contas para Lei de Incentivo à Cultura: Arlindo Bezerra (Bobox Produções) e Ana Paula (Alma do Minho)

Acessibilidade: Amanda LeLibras 

Produção local: Produtores Criativos,  com Cristina Costa,  Fafá Sobrinho,  Andréa Rocha, Nanan Falcão e Thiago Ferradaes

Assessoria de imprensa: Luciana Medeiros / Holofote Virtual – Comunicação Arte Mídia 

Projeto é realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale. Apoio: Fundação Cultural do Município de Belém – FUMBEL; Fundação Cultural do Pará – FCP , Fundação Parque Cultural Villa Maguary, Restô Anani Beer e Padaria Verderosa.

PROGRAMAÇÃO BELÉM

21.MAI | TER – Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”

Local: Casa da Linguagem (Av. Nª Sra. de Nazaré, 31 – Nazaré)

Horário: 9h às 12h

22.MAI | QUA – Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”

Local: Casa da Linguagem (Av. Nª Sra. de Nazaré, 31 – Nazaré)

Horário: 9h às 12h

24.MAI | SEX – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar – Outeiro

Local: Estacionamento da Praia do Amor / Água Boa – Outeiro (Pistão da Praia do Amor)

Horário: 19h

25.MAI | SAB – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar – Na Cidade Velha

Local: Praça do Carmo – no anfiteatro (SN – Cidade Velha)

Horário: 19h

PROGRAMAÇÃO EM ANANINDEUA

26.MAI | DOM – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar – Comunidade 

Local: Ilha João Pilatos / Comunidade Cabeceiras – no barracão comunitário (Região das Ilhas do município de Ananindeua)

Horário: 15h

27.MAI | SEG – Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”

Local: Teatro do Parque Cultural Vila Maguary (Estrada do Maguari, 3360 – Maguari, Ananindeua)

Horário: 10h às 13h

28.MAI | TER – Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”

Local:  Parque Cultural Vila Maguary (Estrada do Maguari, 3360 – Maguari, Ananindeua)

Horário: 10h às 13h

28.MAI | TER – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar – Parque Cultural Vila Maguary 

Local: Área aberta do Teatro (Estrada do Maguari, 3360 – Maguari, Ananindeua)

Horário: 19h

Mais informações à imprensa:

Holofote Virtual – Com. Arte Mídia

Luciana Medeiros – (91) 98134.7719 – @holofote_virtual

Fotos: Divulgação

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