sábado, dezembro 27, 2025
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O erro comum dos turistas que fez disparar acidentes com saguis e quatis em Florianópolis

O aumento do fluxo de turistas durante a temporada de verão tem refletido diretamente no número de acidentes envolvendo saguis e quatis em Florianópolis. A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, registrou crescimento expressivo nas ocorrências em 2025.


Até o momento, foram contabilizados 84 casos envolvendo saguis e 15 com quatis, mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2024, quando houve 34 ocorrências com saguis e cinco com quatis.

Os quatis estão presentes em diferentes regiões da capital e, apesar de serem animais nativos, foram introduzidos por ação humana na Ilha do Campeche, onde se tornaram uma espécie invasora.

Já os saguis são considerados invasores em toda a Ilha de Santa Catarina e circulam principalmente em áreas de mata, mas também em regiões urbanizadas.

O que causa os acidentes com os saguis e quatis?

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o aumento dos acidentes está diretamente ligado ao comportamento inadequado de pessoas que se aproximam dos animais para alimentá-los, tocá-los ou tirar fotos. As ocorrências acontecem mesmo diante de ações contínuas de educação ambiental e da presença de materiais informativos alertando sobre os riscos.

“Apesar de parecerem dóceis, saguis e quatis são animais silvestres e podem reagir de forma imprevisível. Qualquer mordida ou arranhadura é considerada de risco para transmissão da raiva, uma doença grave e fatal aos humanos”, destaca a diretora da Vigilância em Saúde da Capital, Lani Martinello.

O contato cada vez mais frequente entre pessoas e animais silvestres está relacionado, principalmente, à oferta inadequada de alimentos. “A alimentação altera o comportamento dos grupos, tornando-os mais propensos a interações conflituosas e estimulando a aproximação com os humanos”, alerta a bióloga da Fundação Municipal do Meio Ambiente, Priscilla Tamioso.

Segundo ela, alimentos industrializados ou fora da dieta natural podem causar doenças, desnutrição, alterações hormonais e dependência alimentar nos animais.

O  que fazer em caso de acidente?

Em caso de acidente, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde. O protocolo inclui quatro doses da vacina antirrábica, aplicadas no dia do incidente e nos dias 3, 7 e 14 após a exposição, além da administração de soro ou imunoglobulina diretamente na lesão.

Durante o atendimento, também é avaliada a situação vacinal da vítima, com atualização das vacinas contra tétano e febre amarela, se necessário.

Para prevenir acidentes, a recomendação é manter distância mínima de cinco metros dos animais e evitar qualquer tipo de interação. Moradores e turistas também devem armazenar alimentos em recipientes fechados durante trilhas, não deixar sacolas abertas e descartar corretamente os resíduos.

A atenção deve ser redobrada em locais com crianças, que tendem a se aproximar por curiosidade.

Foto: Divulgação/PMF/ND Mais

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