A conclusão das perícias técnicas será fundamental para elucidar a dinâmica do caso que resultou na morte do policial militar Rodrigo Alves Ferreira e do personal trainer Alberto Wilson dos Santos Quintela, na noite da última segunda-feira (19), em frente a uma academia na avenida Senador Lemos, em Belém.
Segundo o advogado criminalista Alisson Costa, responsável pela defesa do sargento Luiz Carvalho, só as análises técnicas poderão determinar de onde partiram os tiros e quantos disparos foram feitos. O sargento Luiz, que interveio acreditando tratar-se de um assalto, se apresentou voluntariamente à Polícia Civil, foi ouvido e liberado.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Rodrigo, já com a arma em punho, aborda o personal. O sargento, que aguardava a esposa na academia, percebeu a cena e interveio, acreditando se tratar de um assalto. A troca de tiros resultou na morte dos dois.
A defesa sustenta que Luiz agiu em legítima defesa, ressaltando que ele confundiu a situação ao ver Rodrigo com capacete, balaclava e arma em punho. O advogado também esclareceu a polêmica sobre as imagens que mostram o sargento deixando o local calmamente: segundo ele, Luiz tem uma cardiopatia grave e não pode correr ou realizar esforços físicos.
A Polícia Científica do Pará informou que os laudos estão em andamento e serão encaminhados à Polícia Civil. A investigação também irá periciar os celulares das vítimas, para verificar se havia algum conflito prévio entre elas. Enquanto isso, o sargento permanece afastado das redes sociais e da cobertura do caso, abalado emocionalmente
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