O alerta da Sespa segue recomendação do Ministério da Saúde, após confirmação de três casos de sarampo fora do Pará.
A Sespa alerta os 144 municípios do Pará sobre a importância da vacinação contra o sarampo, rubéola e caxumba, reforçando a necessidade de manter o cartão de imunização atualizado.
O alerta é uma recomendação também do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, devido à reintrodução do sarampo no Brasil após a confirmação de três casos este ano no país: dois no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal. Outro motivo foi em função dos surtos de sarampo na Europa e América do Norte, sobretudo nos Estados Unidos e Argentina.
Segundo critérios internacionais, os casos isolados não afetam o status do Brasil como país livre da circulação do sarampo, rubéola e SRC, reconquistado em novembro de 2024. Casos esporádicos são comuns globalmente.
O Brasil foi recertificado como país livre do sarampo pela Opas/OMS em novembro de 2024, após perder o status conquistado em 2016 devido à baixa vacinação em 2018. O último caso de sarampo no Pará foi em janeiro de 2022.
A vacinação, gratuita no SUS para pessoas de 12 meses a 59 anos, é a forma mais eficaz de prevenir o sarampo e controlar surtos. O esquema completo é de duas doses até 29 anos e uma dose de 30 a 59 anos. Crianças devem ser vacinadas aos 12 e 15 meses.
Em 2024, a cobertura vacinal contra o sarampo no Pará em crianças menores de 2 anos ficou em 85,86% para a primeira dose e apenas 60,97% para a segunda, abaixo da meta de 95% para a segunda aplicação. Diante disso, a Sespa recomenda aos municípios diversas ações para aumentar a adesão à vacina, como ampliar horários de atendimento, realizar palestras de conscientização, verificar a situação vacinal em consultas, oferecer vacinas em unidades de saúde e farmácias, fortalecer o conhecimento sobre vacinas e combater a desinformação online.
Sinais e sintomas – O sarampo é uma doença infecciosa aguda viral transmitida pela tosse, fala, espirro ou respiração de pessoas doentes. A ocorrência de febre, por mais de três dias, após o aparecimento do exantema, é um sinal de alerta, indicando o aparecimento de complicações. As mais comuns são infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e neurológicas.
O paciente deve procurar atendimento médico logo que apresentar os primeiros sinais e sintomas da doença, para que seja feita a notificação do caso e a equipe de saúde possa agir para interromper a circulação do vírus entre as pessoas que tiveram contato com o doente.
Foto: ASCOM SESPA