Quinhentas cidades do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão em alerta laranja de tempestade divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ontem, quarta-feira, 23. O comunicado, que vale pelo menos até a manhã desta quinta-feira, 24, cita entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 km/h) e queda de granizo. Há risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos.
Conforme o instituto MetSul, a possibilidade de tempestade tem relação com um ciclone extratropical que deve se formar na região nesta semana.
“O dia de maior risco é a quinta-feira com a formação de um ciclone extratropical entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul. Uma linha de instabilidade vai se formar sob um ambiente de pressão atmosférica atipicamente baixa com forte calor, avançando pelo Rio Grande do Sul no decorrer do dia com tempestades que podem ser fortes a severas com chuva forte e vento. O maior risco é de vendavais que em diferentes locais podem ser fortes a severos”, destaca a MetSul.
ENTENDA
O ciclone extratropical é caracterizado por um sistema de baixa pressão atmosférica que ocorre em latitudes médias, ou seja, longe da região equatorial. A ocorrência de ciclone extratropical é comum Europa, América do Norte e Ásia, mas também pode ocorrer em países como o Brasil.
Normalmente, o ciclone é acompanhado fortes ventos e chuvas intensas. Em algumas regiões, é possível nevar. Os ciclones extratropicais geralmente se formam a partir da diferença de temperatura entre a região equatorial e as latitudes médias. Isso ocorre porque o ar quente da região equatorial sobe e o ar frio das latitudes médias desce, criando uma zona de conflito que pode gerar os ciclones.
Os ciclones extratropicais são diferentes dos ciclones tropicais, que ocorrem em regiões próximas ao equador. Os ciclones tropicais são mais conhecidos como furacões, tufões ou ciclones, e são caracterizados por ventos que atingem velocidades extremamente elevadas.
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