Apresentando peças inspiradas no grafismo da arte marajoara, a coleção “Cápsula Marajó”, que faz parte do projeto Polo de Moda do Marajó e tem produção de empreendedoras paraenses, foi mostrada na tarde de ontem, terça-feira, 30, durante um desfile no Parque Estadual do Utinga, no bairro do Curió-Utinga, na capital paraense. Durante o evento, foram expostos os trabalhos de dez marcas nativas do município de Soure, localizada na Ilha do Marajó, e de produtoras de Belém.
O Polo de Moda do Marajó é composto, atualmente, pelo Coletivo Moda Marajó, que reúne 48 empreendedores de Soure. O grupo é formado pelas empresas Art’Genuina, Coletivo Moda Marajó, Cañybó, Amazônia Zen, Ná Figueredo, Isabela Sales Design, Madame Floresta, Mãos Caruanas, Seiva Amazon Design e Val Valadares. Em breve, outros empreendedores, de Cachoeira do Arari, também integrarão o grupo. Camisas, vestidos, moda praia, chapéus e outros acessórios são algumas peças da coleção de moda.
O Polo é resultado da parceria entre o Governo do Estado do Pará, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (Sebrae/Pará), prefeituras de Soure e Cachoeira do Arari, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), entre outros órgãos.
Para Zeneida Lima, fundadora do Instituto Caruanas do Marajó e natural de Soure, a coleção é importante para levar a cultura do arquipélago para além do território onde as peças são produzidas.
“Tudo isso mostra a beleza que o Marajó tem escondida lá atrás daquela ilha e ninguém quase vê. Agora, a gente pode mostrar. E o Marajó tem muito para se mostrar”, relata Zeneida, que é pajé e ambientalista.
BELÉM
Josie Lima, proprietária da marca Mãos Caruanas, de Soure, teve a oportunidade de apresentar as joias naturais feitas por ela. Para ela, esse foi um momento muito significativo. “A marca nasceu junto com o Sebrae. E esse desfile é importante para a divulgação [da marca], e, principalmente, do Marajó. A Mãos Caruanas nasceu para que as pessoas que comprassem uma peça pudessem carregar a história do Marajó. E é isso que a gente vende. A coleção deste ano nós fizemos especialmente para o desfile, que são as cobras marajoaras, vistas como símbolo de abundância”, destaca a empreendedora.
Com peças inspiradas no grafismo da arte marajoara, a coleção “Cápsula Marajó”, que faz parte do projeto Polo de Moda do Marajó e tem produção de empreendedoras paraenses, foi apresentada na tarde desta terça-feira (30) em um desfile no Parque Estadual do Utinga, na capital paraense. No evento, que também teve o apoio do prefeito de Soure, Guto Gouvêa, foram expostos os trabalhos de dez marcas nativas do município de Soure, localizada na Ilha do Marajó, e de produtoras de Belém.O Polo de Moda do Marajó é composto, atualmente, pelo Coletivo Moda Marajó, que reúne 48 empreendedores de Soure. O grupo é formado pelas empresas Art’Genuina, Coletivo Moda Marajó, Cañybó, Amazônia Zen, Ná Figueredo, Isabela Sales Design, Madame Floresta, Mãos Caruanas, Seiva Amazon Design e Val Valadares. Em breve, outros empreendedores, de Cachoeira do Arari, também integrarão o grupo. Camisas, vestidos, moda praia, chapéus e outros acessórios são algumas peças da coleção de moda.
PARCERIAS
O Polo é resultado da parceria entre o Governo do Estado do Pará, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (Sebrae Pará), Prefeitura Municipal de Soure, Prefeitura Municipal de Cachoeira do Arari, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A iniciativa é fruto de um convênio assinado entre as entidades em agosto de 2023. Com isso, as roupas e acessórios apresentados são produzidos por empreendedoras capacitadas pelo Sebrae e pelo Senar.
OPORTUNIDADE
Para o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, a coleção exalta a ancestralidade do povo marajoara e divulga a cultura da região. Ainda segundo ele, a produção das peças também é uma oportunidade de gerar emprego e renda para as mulheres empreendedoras. “Essa é a culminância de um projeto que nós estamos criando juntamente com o Senar e com o Senai. Nosso objetivo aqui é muito claro: é desenvolver a cultura marajoara, mas, para além disso, queremos garantir renda para essas pessoas”, afirma.“Nós estamos preparando essas pessoas para a COP-30, para que camisas como essas possam ter uma releitura. E a camisa ancestral continua sendo o nosso grande eixo de trabalho. Dessa forma, a gente tem, sim, criado um ambiente bastante favorável, porque pessoas que começaram a fazer a fabricação, hoje, já passam a vender. A prova disso é que, além de mostrarmos ao público essa produção manual e estes materiais, valorizando, dessa forma, a cultura marajoara, já temos vários pedidos de peças para comercialização. Hoje, as pessoas ganharam dinheiro graças ao seu trabalho”, acrescenta
APOIO
O Desfile em Belém também conta com o apoio da Organização Social Pará 2000 e da marca Seringô, responsável por fornecer os calçados aos modelos. Os produtos foram feitos com matérias-primas vegetais, de fontes renováveis e que contribuem para a preservação do meio ambiente por meio do extrativismo sustentável.
A Coleção “Cápsula Marajó” foi lançada no último dia 17 de abril, em um desfile realizado em Soure, quando recebeu o apoio do Instituto Caruanas do Marajó. No município, foi realizada a primeira etapa do trabalho do Polo de Moda, quando os empreendedores foram capacitados para a produção das peças e gestão financeira – formação de preço e finanças do negócio. A próxima etapa deve iniciar em maio, com a capacitação de empreendedores do município de Cachoeira do Arari.
“Foi além das nossas expectativas. O empreendedorismo local é algo importante, gera emprego e renda para os nossos cidadãos”, disse o prefeito de Soure, Carlos Augusto Gouvêa (Guto).
Guto ressaltou a importância da preparação do grupo. “Tivemos capacitações, valorizando as nossas costureiras, com o intuito que elas tenham um aumento na renda delas, além da valorização da cultura e arte do Marajó”, pontuou o prefeito.
Imagens: Ray Nonato