segunda-feira, fevereiro 3, 2025
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Com Michelle e políticos do Brasil, Marcha pela Vida reúne multidão

Uma multidão de ativistas pró-vida caminhou pelas ruas de Washington, capital dos Estados Unidos, na última sexta-feira (24) na tradicional Marcha pela Vida, maior evento antiaborto do mundo. Entre os participantes daquela que foi a 52ª edição do evento estiveram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e diversos políticos conservadores brasileiros.

Durante o evento, tanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quanto o vice, J.D. Vance, fizeram enfáticos discursos pró-vida. Trump se dirigiu à multidão em uma mensagem de vídeo gravada, enquanto a aparição de Vance marcou seu primeiro discurso público desde que assumiu o cargo de vice-presidente.

Sob aplausos, Trump afirmou em sua mensagem que, em seu segundo mandato, ele se posicionará “orgulhosamente pelas famílias e pela vida”. Na última quinta (23), Trump perdoou ativistas antiaborto que sofreram condenações por bloquearem entradas de clínicas que realizam o procedimento.

– Nós protegeremos os ganhos históricos que fizemos, e pararemos a pressão radical democrata por um direito federal ao aborto ilimitado sob demanda – disse.

Já o vice J.D. Vance incentivou mais nascimentos nos Estados Unidos, uma meta que ele mencionou com frequência durante a campanha de 2024.

– Falhamos com uma geração, não apenas ao permitir uma cultura de aborto sob demanda, mas também ao negligenciar ajudar os pais jovens a obter os ingredientes de que precisam para viver uma vida feliz e significativa. Uma cultura de individualismo radical criou raízes, onde as responsabilidades e alegrias da vida familiar eram vistas como obstáculos a serem superados – relatou Vance.

As atividades da marcha nesta sexta começaram por volta das 11h pelo horário local (13h de Brasília), no gramado do National Mall, perto do Monumento a Washington, onde aconteceu uma apresentação da banda cristã Unspoken. Logo depois, os participantes iniciaram uma manifestação, também no National Mall.

A marcha em si começou por volta das 13h (15h de Brasília) e seguiu até por volta de 16h (18h de Brasília), saindo do terreno adjacente ao Monumento a Washington e terminando em frente ao Capitólio do país, nas escadas da Suprema Corte dos Estados Unidos.

Na lista de palestrantes que participaram do evento, além de Trump e Vance, também estiveram o governador da Flórida, Ron DeSantis; e a surfista profissional Bethany Hamilton, conhecida por sobreviver a um ataque de tubarão aos 13 anos e que agora é mãe e ativista pró-vida.

PRESENÇA DE BRASILEIROS
A marcha também contou com a participação de representantes brasileiros, entre eles a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os deputados federais Marcel van Hattem (Novo-RS), Silvia Waiãpi (PL-AP), Capitão Alden (PL-BA) e Bia Kicis (PL-DF), os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE), os deputados estaduais Gil Diniz (PL-SP) e Bruno Engler (PL-MG), e a vereadora Priscila Costa (PL-CE).

O deputado Capitão Alden ressaltou a importância do evento para a “conscientização da vida” e a proteção de vidas inocentes.

– Sou a favor da vida desde sua concepção! Sempre estarei contra o aborto, pois não podemos permitir que vidas de inocentes sejam perdidas. A March For Life (Marcha pela Vida, em português) existe, justamente, para chamar a atenção do mundo sobre este tema – declarou.

Já a deputada Silvia Waiãpi destacou que o evento “é uma manifestação inspiradora, pacífica, vibrante e plena da emoção de mulheres, homens, jovens e crianças de todo o mundo”.

– O direito à vida é um direito básico do ser humano. Nossa defesa desse direito é um testemunho da beleza e dignidade de cada pessoa humana – apontou.

O senador Eduardo Girão, por sua vez, afirmou que participa da marcha pró-vida há cerca de 10 anos e, segundo ele, trata-se de uma “mobilização popular importante para reverter a lei do aborto nos Estados Unidos”. O parlamentar também ressaltou a impotância das edições brasileiras de eventos antiaborto.

 A marcha tem sido fundamental nessa estratégia. Em Fortaleza e Brasília, realizamos marchas pela vida há pelo menos 17 anos com excelentes resultados de conscientização. Afinal, com o aborto, segundo a ciência e as estatísticas sociais, duas vidas são devastadas – disse.

SOBRE A MARCHA PELA VIDA
A Marcha pela Vida começou em 1974, como uma resposta à decisão Roe v. Wade, de 1973, da Suprema Corte, que legalizou o aborto em todo o país. Apesar de a medida ter sido derrubada pelo Supremo americano em 2022, os ativistas pró-vida continuam a se reunir para marchar pelas vidas de crianças não nascidas, pois o aborto continua sendo legal em muitos estados.

Neste ano, o evento teve uma mudança na liderança, com a agora ex-presidente Jeanne Mancini deixando o cargo e Jennie Bradley Lichter assumindo seu lugar. Lichter é vice-conselheira geral da The Catholic University of America e serviu na Casa Branca durante o primeiro governo Trump.

Fonte: Pleno News/Foto: Divulgação/Silvia Waiãpi

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