Os Estados Unidos e a China anunciaram nesta segunda-feira, 12, que chegaram a um acordo para reduzir por ora as tarifas recíprocas, enquanto as duas maiores economias do mundo buscam encerrar uma guerra comercial que perturbou o cenário global e deixou os mercados financeiros tensos.
Após conversas com autoridades chinesas em Genebra, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse a repórteres que os dois lados concordaram com uma pausa de 90 dias nas medidas e que as tarifas seriam reduzidas em mais de 100 pontos percentuais, para 10%.
Bessent falou ao lado do representante comercial estadunidense, Jamieson Greer, após as negociações do fim de semana, nas quais ambos os lados elogiaram o progresso na redução das diferenças.
As reuniões em Genebra foram as primeiras interações presenciais entre autoridades econômicas de alto escalão norte-americano e da China desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retornou ao poder e lançou uma campanha tarifária global, impondo tarifas particularmente pesadas à China.
HISTÓRICO
A China reagiu impondo restrições à exportação de alguns elementos das conhecidas terras raras, vitais para os fabricantes americanos de armas e bens de consumo eletrônicos, e elevando as tarifas sobre produtos americanos para 125%.
A disputa tarifária paralisou quase US$ 600 bilhões em comércio bilateral, interrompendo as cadeias de suprimentos, gerando temores de estagflação e desencadeando algumas demissões.
Os mercados financeiros têm observado sinais de degelo na guerra comercial, e os futuros de ações de Wall Street subiram e o dólar se firmou em relação a pares considerados portos seguros na segunda-feira, com as negociações aumentando as esperanças de que uma recessão global possa ser evitada.
Fonte e imagem: Canção Nova