Belém, 18 de agosto de 2025 A 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, realizada no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, abriu espaço para a criatividade paraense com o Beco do Artista. O estande reuniu 18 artistas visuais selecionados por edital, entre quadrinistas, ilustradores e criadores de miniaturas, que promoveram seus trabalhos autorais em um ambiente plural e inspirador.
Espaço de pluralidade e cultura regional
O Beco do Artista se consolidou como ponto de valorização da produção local. Com obras originais que reforçam a identidade cultural paraense, o espaço simboliza a democratização do acesso às artes visuais e a singularidade criativa da região.
Inclusão e representatividade em destaque
Um dos destaques foi o ilustrador e quadrinista Lucas Quaresma, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na infância. Usando os quadrinhos como linguagem expressiva, ele traduziu sua visão de mundo em narrativas que transitam entre aventura e conscientização social. “Estou muito feliz de participar de mais uma edição da Feira do Livro. Coroa todo o meu trabalho. Isso mostra que podemos ocupar qualquer espaço”, celebrou.
A pedagoga Lilian Oliveira, especialista em educação inclusiva, comentou a relevância da presença de Lucas:
“A pessoa com TEA geralmente tem dificuldade de expor sentimentos, mas quando consegue desenhar, os pais já entendem. Isso é muito significativo” um estímulo para outras crianças que se identificam com sua produção.
Um encontro entre público e produção autoral
O Beco do Artista serve como vitrine para obras como quadrinhos, ilustrações, miniaturas e outras expressões visuais autorais. Além de apoiar o empreendedorismo artístico, o espaço cria pontes entre criadores e público, fortalecendo a cena cultural paraense.
Inclusão social: destacar artistas com diferentes histórias e condições reforça a mensagem de que todas as vozes merecem espaço.
Valorização local: expor e vender obras autorais permite que os artistas sejam reconhecidos e valorizados dentro de sua própria comunidade.
Enriquecimento cultural: a pluralidade de estilos, narrativas e formatos contribui para uma feira vibrante e diversa, conectando literatura, arte e identidade regional.
Imagem: Agência Pará