segunda-feira, outubro 14, 2024
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Cazaquistão: “agradecimento” dos bispos ao Papa Francisco pela proximidade

“Um grande obrigado ao Papa Francisco” por ter se lembrado esta quarta-feira, na audiência geral, da população do Cazaquistão, atingida por violentas inundações. Foi o que disse dom Adelio Dell’Oro, bispo de Karaganda, contatado por telefone pela agência Sir.

No final da audiência geral, este 10 de abril, o Papa expressou “proximidade espiritual” ao povo cazaque, convidando “todos a rezar por todos aqueles que estão sofrendo os efeitos desse desastre natural”.

Dom Dell’Oro comentou: “Quando o homem está em situação de necessidade e tem que enfrentar esses eventos, a ajuda material é muito importante, mas é ainda mais importante que ele não se sinta sozinho, mas que se sinta abraçado por alguém. E a proximidade do Papa é um testemunho da resposta a essa necessidade”.

CONFERÊNCIA EPISCOPAL

O bispo se encontra na capital do Uzbequistão, Tashkent, onde está em andamento o encontro dos bispos da Conferência Episcopal da Ásia Central, que reúne os bispos do Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão.

As palavras de solidariedade do Papa chegaram aqui no momento em que os bispos estão fazendo um balanço da emergência das enchentes. O Cazaquistão declarou estado de emergência em dez de suas 17 regiões para lidar com as enchentes que começaram há três semanas e cobrem dois terços do território do país. “80.000 pessoas foram evacuadas em muitas partes do Cazaquistão, sobretudo nas regiões norte e oeste do país”, afirma o bispo italiano, que é de origem milanesa.

“Embora não tenhamos notícias diretas, parece que uma represa na Rússia se rompeu devido ao derretimento da neve. O rio Ural encheu muito e transbordou no vale, causando grandes inundações”. Infelizmente, as enchentes também afetaram o Cazaquistão. “Temos uma paróquia em Kulsary, na região de Atyrau, onde milhares de pessoas foram evacuadas. Há estradas de comunicação invadidas pela água e as pessoas nas aldeias estão completamente isoladas”, diz o bispo.

“Estou em contato com uma família dessa aldeia e eles me disseram que as pessoas evacuadas foram levadas para onde puderam, para outras cidades ou para lugares secos na área, como escolas, academias, hotéis.” A pequena Igreja católica está, como sempre, na linha de frente.

“O que estamos fazendo – disse dom Dell’Oro – é coletas de víveres e de bens de necessidades básicas e arrecadação de dinheiro para enviar aos locais mais atingidos e às paróquias por meio da Caritas Nazionale”. De fato, o Cazaquistão vem enfrentando fortes inundações há pelo menos três semanas.

Dom Dell’Oro conta que “nos dias do Tríduo Pascal, tivemos a cripta da catedral inundada. Havia 10, 12 centímetros de água. Os prédios da vizinhança também ficaram inundados por 3 a 4 dias. Infelizmente, a inundação ocorreu devido ao derretimento repentino da neve. Houve uma mudança repentina na temperatura, que passou de abaixo de zero para acima de zero em um período muito curto, alcançando níveis acima da média. Isso fez com que a neve derretesse repentinamente e os canos, drenos e esgotos não tiveram tempo de transportar a água. Foi isso que aconteceu em Karaganda. Em outros lugares, no entanto, foram os rios que encheram e transbordaram”.

Imagem: VaticanNews

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