segunda-feira, março 31, 2025
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Mulheres devem manter rotina de exames para prevenção de câncer de mama e ISTs

Os cuidados com a saúde da mulher não devem ser negligenciados, alertam especialistas. Ir regularmente às consultas ginecológicas e realizar exames preventivos é o método mais eficaz para o diagnóstico precoce de diversas doenças, como o câncer de mama e de doenças sexualmente transmissíveis (ISTs).

O autoexame é uma alternativa para identificar nódulos na mama, porém é necessário fazer a mamografia anualmente[i]. Esse exame é insubstituível porque ele pode identificar o câncer antes mesmo de se tornar palpável.  Caso a mamografia aponte alguma lesão suspeita, a paciente deve ser encaminha pelo serviço de saúde para investigar se o nódulo tem potencial para ser uma neoplasia, precisando fazer uma biópsia.

“Esse procedimento complementa os exames de imagem e é essencial para confirmar se há presença de células cancerígenas no tecido mamário, determinar o tipo específico do câncer de mama, o estágio da doença e definir estratégias mais adequadas para o tratamento”, afirma Glais Libanori, Gerente de Medical Affairs da BD.

A biópsia a vácuo, por exemplo, é bastante eficiente para extrair uma pequena parte do tecido de forma menos invasiva, além de reduzir o tempo do procedimento. O câncer de mama é o que mais mata mulheres em todos os anos, mas quando é diagnosticado no estágio inicial as chances de cura são altas. Até o final de 2025, a estimativa é que 73.610 novos casos da doença sejam diagnosticados no Brasil.

ISTS E O RISCO DE CÂNCER

O principal fator para o desenvolvimento do câncer do colo do útero são as infecções causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV), um vírus sexualmente transmissível e que pode ocasionar lesões precursoras do câncer do colo uterino e o próprio câncer. Este é o terceiro tipo de tumor mais comum em mulheres e a quarta neoplasia que mais mata no Brasil.

O câncer cervical pode ser erradicado pela vacina contra o HPV disponível gratuitamente para meninos e meninas de nove a 14 anos, em dose única[iv]. Além da vacinação, mulheres que iniciaram sua vida sexual devem realizar anualmente exames ginecológicos de alta precisão para rastreamento e diagnóstico precoce de infecções do HPV.

“É necessário realizar o exame de Papanicolau para identificar alterações nas células do colo do útero, além de infecções sexualmente transmissíveis e vaginais. É recomendado que as duas primeiras coletas do exame sejam feitas anualmente e, se não houver alterações, o exame pode ser realizado de três em três anos. Entretanto, muitas mulheres têm deixado de realizar esse exame por não terem tempo de ir ao posto de saúde ou até mesmo por sentir vergonha de realizar a coleta”, afirma Neila Speck, professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e vice-presidente da Comissão Nacional Especializada no Trato Genital Inferior da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

Uma alternativa para aumentar o acesso ao rastreamento do vírus HPV é a autocoleta vaginal com a genotipagem estendida para detecção do DNA do vírus e da infecção persistente pelo HPV. Esta solução pode detectar a infecção por HPV mesmo antes do vírus transformar as células em pré-câncer ou câncer, sendo possível diagnosticar de maneira precoce se a paciente está em risco ou não de desenvolver o câncer.

O procedimento é menos invasivo e tão preciso quanto o realizado no consultório médico. A autocoleta é um dispositivo prático e seguro que pode ser manuseado em casa pelas mulheres e homens transgêneros, não sendo necessário o auxílio de um profissional de saúde para realizar a coleta. “Este método facilita o acesso ao exame preventivo, especialmente para mulheres que enfrentam dificuldades em realizar exames ginecológicos regulares, democratizando a detecção precoce de lesões precursoras do câncer do colo do útero”, comenta Glais Libanori.

E depois do diagnóstico, como tratar?

Geralmente as lesões precursoras ocasionadas pelo HPV podem ser tratadas no nível ambulatorial com eletrocirurgia, que é uma cirurgia por radiofrequência. Já para o tratamento das lesões de alto grau[v], existem algumas opções, como a conização, terapia a laser e crioterapia. Em casos em que o câncer é confirmado, o tipo de tratamento depende de fatores como estágio e extensão da doença, e se a mulher deseja ter filhos ou não. 

Os tratamentos mais comuns são cirurgia, radioterapia, braquioterapia, quimioterapia e a terapia-alvo[vi],  um tipo de tratamento desenvolvido para atacar as células cancerígenas, minimizando danos às células saudáveis. Entre as terapias-alvo se destacam os biomedicamentos que atuam de maneira precisa, inibindo a multiplicação das células tumorais enquanto preservam os tecidos saudáveis ao redor, o que contribui significativamente para a qualidade de vida das pacientes.

“Os biossimilares vêm ganhando espaço por ampliar o acesso da população a terapias de ponta e por oferecer resultados muito positivos a custos inferiores aos medicamentos originadores. Isso representa um avanço crucial para a democratização do tratamento de cânceres”, conclui Katia Beltrão, Gerente Nacional de Marketing e Demanda Hospitalar da Biomm.

Os biomedicamentos não apenas oferece novas opções de tratamento, mas também se mostra um caminho promissor para melhorar a resposta terapêutica e ampliar a acessibilidade a tratamentos de ponta.

Imagem: Divulgação

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