Servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) participaram de um intercâmbio no Estado do Acre voltado à troca de experiências sobre recuperação ambiental e sistemas agroflorestais (SAFs). A iniciativa, realizada , entre os dias 15 e 29 de novembro, envolveu gestores e técnicos das secretaria de Meio Ambiente do Pará e Acre (Sema Acre), fortalecendo a cooperação técnica entre os dois estados amazônicos.
O intercâmbio, que integra o projeto Amazon Sustainable Landscapes (ASL), contou com apoio de organizações como Conservation International (CI), Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e Cooperação Alemã (GIZ). Os participantes compartilharam estratégias de implementação de Planos Estaduais de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN), ferramentas de monitoramento e metodologias aplicadas à regularização ambiental
Foram apresentados os planos para recuperação de vegetação nativa dos dois estados, com destaque para a Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX), no Pará, e o Viveiro da Floresta, no Acre. Os debates incluíram soluções para a produção de mudas e sementes, logística de distribuição e organização de redes regionais, como a Rede de Sementes do Acre.
Prioridade – Indara Aguilar, diretora de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais da Semas, destacou que a troca de experiências é importante para a recuperação florestal. “No Pará, a restauração é prioridade desde o início da gestão do governador Helder Barbalho, com o Plano Amazônia Agora. A partir do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa, lançado no ano passado, a gente tem hoje o primeiro edital aberto de concessão para recuperação florestal da Amazônia. Essa experiência no Acre será fundamental para replicarmos práticas de sucesso em nosso estado”, disse a gestora.
O coordenador do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), Cláudio Cavalcante, falou sobre o papel do intercâmbio no fortalecimento das políticas públicas ambientais. “A troca de experiências nos permitiu compreender práticas exitosas do Acre, como o Viveiro da Floresta e as estratégias de recuperação ativa, que agora poderão ser adaptadas à realidade do Pará”, informou.
Os participantes aprofundaram conhecimentos sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA). A Sala de Situação do Acre, uma ferramenta de monitoramento estratégico, também foi apresentada como referência para suporte à gestão ambiental no Pará.
A agenda técnica incluiu visitas de campo a projetos de restauração ativa e propriedades de agricultores familiares beneficiados por SAFs.
Fonte: Agência Pará/Foto: Divulgação