A defesa de Erika de Souza Vieira Nunes, mulher que foi presa em flagrante após levar o tio morto para sacar R$ 17 mil em um banco na última terça-feira (16), afirma que a cliente foi agredida no Presídio de Benfica, no Rio de Janeiro. Ela teve a prisão preventiva decretada na última quinta (18).
– Erika sofreu represálias dentro da prisão. Ela me relatou que assim que ela chegou a Benfica, jogaram água e comida nela – disse a advogada Ana Carla de Souza Corrêa, ao G1.
A advogada argumenta que sua cliente sofre de depressão.
– Ela tem depressão, e acreditamos que isso aconteceu. Ela é sobrinha do Paulo, sempre conviveu com ele. Ela cuidava e ajudava no auxílio. Infelizmente, ele ficou debilitado com a última internação. Ela é cabeleireira e vivia dessa renda. Batemos na tecla de que ela precisa ser solta para cuidar da filha especial – disse.
A defesa ingressou com um pedido de liberdade nesta sexta (19). No pedido, que ainda será analisado pelo Judiciário,a defesa diz que “a prisão preventiva não é justa”, pois Erika “sempre se pautou na honestidade e no trabalho”. A defesa destaca que a manutenção da prisão da mulher é embasada “apenas em um clamor público de que Erika havia levado um cadáver até o banco para tentar aplicar um golpe do empréstimo, o que não é verdade”.
O corpo de Paulo Roberto Braga, o “tio Paulo”, foi sepultado neste sábado (20), no Cemitério de Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A cerimônia fúnebre foi tomada por orações e contou com a presença de um pastor. Cerca de 20 pessoas, na maioria parentes do falecido, estavam presentes. Ninguém quis falar com a imprensa, exceto a advogada Ana Carla.
De acordo com a advogada, o enterro foi um benefício da prefeitura, pois a família não teve condições de arcar com os custos.
Fonte: Pleno News/ Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo