Filho do idoso morto após levar uma “voadora” no peito quando atravessava a rua em Santos, no litoral de São Paulo, Bruno Cesar Torresi relembrou como recebeu a notícia, pelo próprio filho, de apenas 11 anos, de que seu pai (e avô do menino) havia sido agredido na rua.
– Ele visualizou tudo ali, o avô caído no chão, e me ligou desesperado – contou Bruno, em entrevista ao programa Fantástico, neste domingo (16).
Cesar Fine Torresi, de 77 anos, morreu após levar uma o golpe quando atravessava a rua ao lado de um shopping na tarde do último dia 8.
De acordo com a polícia, César Fine Torresi passava entre carros com o neto quando se desentendeu com um motorista. Tiago Gomes Souza, de 39 anos, teria descido do carro e agredido o idoso com um chute no peito, segundo testemunhas. Agora, ele está preso preventivamente.
– O homem desembarcou do carro, foi e deu uma voadora no peito do meu pai – disse Bruno.
Segundo testemunhas, o motorista só não conseguiu fugir do local porque pessoas que estavam próximas foram atrás dele para impedir que saísse de lá antes de a polícia chegar.
Segundo o Fantástico, Tiago Souza negou, em depoimento à polícia, que tenha dado uma voadora no peito da vítima. Afirmou que, em vez disso, teria desferido um chute no quadril de Cesar. A defesa nega que ele tenha tido a intenção de matar o idoso.
Cesar morreu após bater com a cabeça por conta da força do golpe. Ele teve traumatismo cranioencefálico e três paradas cardíacas. Depoimento do médico legista teria sido decisivo para manter Tiago Souza preso preventivamente.
Na entrevista, a delegada Liliane Doretto, disse trata-se de um homicídio doloso, que é quando o criminoso tem a intenção de matar.
– Quando ele age da forma que agiu, mesmo que tomado de raiva, e de discernimento, ele avança contra uma pessoa e pratica um ato de tamanha selvageria, ele correu o risco que essa pessoa morresse.
Enquanto as investigações acontecem, a família de Cesar ainda tenta lidar com o ocorrido.
– Ele era um homem muito forte, muito batalhador, que trabalhava aos 77 anos como tipógrafo. Amava a profissão dele – relatou o filho da vítima.
Cesar morava em Santo André, no ABC Paulista, e estava em Santos para visitar parte da família.
– Além do trabalho dele, [o divertimento] era “rodar” as cidades para passear com os netos – continuou Bruno, que relatou o carinho que ele tinha pelos netos.
– Ele mimava meu filho. O que a gente não podia comprar, que era caro, ele ia lá e comprava para o menino. Para estragar o neto, porque é assim que o avô faz. E o menino está sem avô agora – contou Bruno.
Cesar Fine Torresi deixou três filhos e seis netos.
*AE
Fonte: Pleno News/ Foto: Reprodução/TV Globo