O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou, nesta segunda-feira (25), que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deveria ser condenado à morte, ao considerar que o mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o governante há poucos dias é “insuficiente”.
– Uma sentença de morte deve ser emitida para Netanyahu e os líderes criminosos deste regime [Israel] – disse Khamenei.
A fala ocorreu em um encontro em Teerã com membros do Basij, a milícia paramilitar voluntária fundada por ordem de Ruhollah Khomeini em 1979.
A mais alta autoridade política e religiosa do Irã acusou, mais uma vez, Israel de cometer crimes de guerra em Gaza e no Líbano com ataques a civis. Além disso, considerou que seu inimigo ferrenho não está vencendo o conflito contra os seus aliados na região, como os grupos terroristas Hamas e Hezbollah.
O TPI emitiu na semana passada mandados de prisão contra Netanyahu e o seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza. A decisão foi celebrada pelas autoridades políticas e militares iranianas.
– O veredito do Tribunal Penal Internacional é uma vitória para o povo palestino e libanês – declarou na última sexta-feira (22) o comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irã, general Hossein Salami.
As autoridades iranianas não comentaram, por outro lado, o mandado de detenção expedido pela Corte de Haia contra Mohammed Deif, líder militar do Hamas, um de seus aliados.
O TPI não dispõe de uma força policial para prender suspeitos, mas os seus 125 Estados-membros, incluindo o Reino Unido e os países da União Europeia, têm a obrigação de cooperar com o Tribunal.
Nem os Estados Unidos nem Israel fazem parte desse tribunal.
*EFE
Fonte: Pleno News/Foto: EFE/EPA/STR