terça-feira, agosto 12, 2025
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Reta final: últimas chances de avistar baleias em Arraial do Cabo

A temporada vai até setembro, e ainda dá tempo de avistar as baleias. Um projeto local coleta dados que podem comprovar o aumento desses animais na costa, o que impulsionou o turismo na região.

O cais de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, está mais movimentado do que nunca. A temporada de avistamento de baleias-jubarte, que acontece entre junho e setembro, tem atraído uma grande quantidade de turistas, curiosos para ver de perto os saltos desses gigantes vindos da Antártica. A popularidade do evento, impulsionada por postagens nas redes sociais, trouxe um aumento notável no fluxo de visitantes.

A migração das jubartes ocorre quando elas saem das águas frias da Antártica para se reproduzirem nas águas mais quentes da costa brasileira. Aparentemente, o número de animais cruzando o litoral fluminense aumentou, gerando entusiasmo entre os moradores e turistas.

Para entender o impacto desse movimento, a Secretaria de Turismo de Arraial realiza uma pesquisa para mapear o comportamento dos turistas e desenvolver estratégias mais eficientes para o setor.

Passeios de barco e o show dos cetáceos
No cais, o clima é de festa. Vendedores ambulantes vendem capas de celular para proteger da água, e as embarcações saem com música alta e brincadeiras para animar os passageiros. Os passeios duram cerca de quatro horas e custam a partir de R$ 60, com almoço opcional por R$ 80. O guia local garante que é possível ver de perto a evolução das baleias e dos golfinhos no mar azul-turquesa de Arraial do Cabo.

Projeto ‘Mar de Baleias’ documenta o espetáculo natural
O Projeto Mar de Baleias, lançado em 2022, tem documentado a presença de baleias e golfinhos na região com o objetivo de identificar espécies, monitorar comportamentos e interações com a atividade humana. Coordenado pela oceanógrafa Yaci Gallo Alvarez, o projeto já registrou a passagem de baleias-jubarte, franca-austral, orcas e diferentes tipos de golfinhos.

A oceanógrafa explica que o aumento no número de avistamentos se deve, em grande parte, à recuperação populacional das baleias, resultado de décadas de proibição da caça. “A população [de jubartes] está em crescimento constante, graças aos esforços nacionais e internacionais de conservação”, afirma Alvarez.

As imagens impressionantes capturadas pelo projeto, muitas delas feitas com drones no Pontal do Atalaia, têm viralizado nas redes sociais. Em julho, por exemplo, o projeto registrou a aproximação de um grupo de 15 cachalotes na Praia Grande, além de filhotes de jubarte e cerca de 300 golfinhos.

A maior quantidade de baleias também tem permitido que os turistas as observem sem precisar entrar no barco, a partir de mirantes e praias. A prefeitura tem investido na instalação de lunetas para facilitar a observação terrestre, uma alternativa de baixo impacto ambiental.

Foto Reprodução Print arraialdocabo360graus

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