Em Belém, a especialista em nutrição, do Hospital Jean Bitar (HJB), Dayse Gurjão, orienta sobre como aproveitar a temporada junina, para quem tem a síndrome metabólica, que é controlável. O hospital é referência estadual na realização de procedimentos gastrointestinais e no tratamento de várias doenças, entre elas, o diabetes.
Neste mês de junho, quando a culinária ganha destaque com festas regionais, a nutricionista Dayse Gurjão observa que uma dieta equilibrada e saudável devem levar em consideração o contexto cultural e contemplar os alimentos regionais, assim como levar em consideração os hábitos alimentares.
“As festas juninas são conhecidas por suas delícias típicas, mas muitas dessas receitas são bastante calóricas e ricas em açúcar e gorduras. E para pessoas com doenças preexistentes e outras condições de saúde como diabetes, hipercoesterolemia, hipertrigliceridemia, esteatose hepática e excesso de peso, a atenção deve ser redobrada. No entanto, é possível adaptar esses pratos para versões mais saudáveis sem perder o sabor”, afirma a responsável técnica do serviço de Nutrição e Dietética do HJB, Dayse Gurjão.
Confira as sugestões para substituições saudáveis para pratos típicos juninos:
1. Pamonha
Tradicional: Feita com milho, açúcar, leite de coco e manteiga.
Versão saudável: substitua o açúcar por adoçante natural. Use leite de coco light ou leite desnatado. Para reduzir a gordura, diminua a quantidade de manteiga ou utilize óleo de coco em menor quantidade.
2. Bolo de Milho
Tradicional: feito com milho, açúcar, farinha de trigo, e leite condensado.
Versão saudável: use farinha de milho ou farinha de amêndoas no lugar da farinha de trigo. Substitua o açúcar por adoçantes naturais. Troque o leite condensado por leite de coco ou iogurte natural.
3. Curau
Tradicional: feito com milho, açúcar, e leite de vaca.
Versão Saudável: Utilize adoçantes naturais no lugar do açúcar. Use leite desnatado ou leite de amêndoas.
4. Canjica
Tradicional: feita com milho branco, leite condensado, açúcar, coco ralado, e leite de vaca.
Versão Saudável: substitua o açúcar por adoçantes naturais. Utilize leite de amêndoas ou leite de coco light. Adicione coco ralado sem açúcar.
5. Pé-de-moleque
Tradicional: feito com amendoim, açúcar, e leite condensado.
Versão saudável: Use açúcar de coco ou mel no lugar do açúcar refinado. Substitua o leite condensado por leite de coco ou creme de leite light.
6. Arroz Doce
Tradicional: feito com arroz, leite, açúcar, leite condensado, e canela.
Versão saudável: substitua o açúcar por adoçantes naturais. Use leite desnatado ou leite de coco. Troque o leite condensado por iogurte natural ou leite de amêndoas.
7. Cuscuz de Milho
Tradicional: feito com milho, açúcar, e coco.
Versão saudável: utilize açúcar de coco ou adoçantes naturais. Adicione coco ralado sem açúcar.
8. Quentão
Tradicional: feito com cachaça, açúcar, gengibre, e especiarias.
Versão saudável: use adoçantes naturais no lugar do açúcar. Adicione suco de frutas sem açúcar para dar sabor.
9. Maçã do Amor
Tradicional: feita com maçã coberta de caramelo de açúcar.
Versão saudável: substitua o caramelo de açúcar por uma calda de mel ou xarope de agave.
10. Pipoca Doce
Tradicional: feita com milho, açúcar, e óleo.
Versão saudável: Utilize açúcar de coco ou adoçantes naturais. Faça a pipoca no ar quente ou com óleo de coco em menor quantidade.
De acordo com a profissional, essas adaptações permitem desfrutar das tradições das festas juninas de forma mais saudável, mantendo o sabor e o espírito da festa.
O Dia Nacional do Diabetes é celebrado anualmente em 26 de junho no Brasil, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do controle do diabetes. A data foi instituída para alertar sobre os riscos da doença, que afeta milhões de brasileiros, e promover hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada.
Campanhas de saúde são realizadas em todo o país, oferecendo informações sobre os sintomas, tratamentos e formas de prevenção do diabetes, além de incentivar a realização de exames regulares para o diagnóstico precoce da doença.
Em Belém, a usuária, Larissa Gaspar, 37 anos, está na fase pré-operatória para a realização da cirurgia bariátrica e teve sua primeira consulta com a nutricionista. Ela nunca teve diabetes, mas tem histórico familiar, de ambos os pais.
“Eu gosto bastante de doces, mas nunca tive a doença, mas sempre bate aquele medo. E ainda trabalho com doces para festas. Desde que chegou minha vez no “Programa Obesidade Zero”, e fui chamada para os procedimentos inicias, já venho regulando minha alimentação, para quando eu iniciar a dieta que a nutricionista passar, meu organismo já esteja acostumando”, disse a paciente que está pesando 106Kg.
De janeiro a maio deste ano, o HJB já realizou 3.682 atendimentos ambulatoriais em nutrição e 7.343 atendimentos ambulatoriais em endocrinologia, especialidade no tratamento de pacientes com diabetes.
O Hospital Jean Bitar (HJB) pertence à rede de saúde pública do governo do Pará, e tem gestão do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de saúde Pública (Sespa).
A unidade presta assistência em média e alta complexidade na área ambulatorial e hospitalar a usuários transgêneros, e em clínica médica e cirúrgica para doenças metabólicas e gastrointestinais.
Texto de Marcelo Zeno/ Ascom HJB
Fonte: Agência Pará/Foto: Divulgação