Enzo Wagner Lima Campos, o criminoso que matou o delegado Mauro Guimarães Soares neste sábado (21), estava preso até maio deste ano, mas foi colocado em liberdade no dia 22 daquele mês por ordem da Justiça, que decidiu conceder a ele prisão domiciliar. Em seu histórico constam crimes como roubo, violência doméstica, receptação e organização criminosa. Por este último, ele já tinha sido condenado.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Estado de São Paulo, Enzo recebeu, em agosto de 2020, uma sentença de 7 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado. Ao receber o benefício da prisão domiciliar, o criminoso tinha a obrigação de se recolher à noite em casa e não podia deixar a cidade sem avisar a Justiça.
SOBRE A MORTE DO DELEGADO
O delegado de classe especial Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, morreu após ser baleado no peito durante uma tentativa de assalto no fim da manhã deste sábado (21), na Rua Caio Graco, na Vila Romana, Zona Oeste da cidade de São Paulo. Ele caminhava com esposa, que também é policial, e reagiu ao ser abordado por dois bandidos numa moto, segundo relatos de testemunhas.
O caso foi registrado como latrocínio no 91° Distrito Policial (Ceasa). Enzo Wagner Lima Campos, de 24 anos, um dos criminosos que abordaram o delegado, foi baleado e está internado no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, no Butantã, Zona Oeste da capital paulista. O outro bandido escapou.
O caso ocorreu a poucos metros de distância do 7° Distrito Policial (Lapa), na Rua Camilo. A região entre os distritos Lapa e Perdizes está com dois pontos de atenção para roubos monitorados pela polícia, dos quais um inclui a Rua Caio Graco. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) lamentou a morte do delegado e informou que o criminoso já havia sido preso em flagrante quatro vezes por crimes de roubos patrimoniais com uso de arma de fogo e cumpria medida cautelar nas ruas.
Mauro era do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com experiência em diversos departamentos e delegacias da Grande São Paulo. Ele pertence a uma tradicional família de policiais. Seu irmão, o delegado Maurício Soares, foi diretor do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Os dois são filhos do delegado Acrisio Soares, da cúpula da Polícia Civil nos anos 80.
*Com informações AE
Fonte: Pleno News/ Foto: Reprodução/Polícia Civil de SP