Mais de 900 indígenas de 14 etnias estão reunidos em Altamira, no sudoeste do Pará, para celebrar tradições, esportes e saberes ancestrais no Festival de Cultura e Jogos do Xingu. O evento, que começou nesta quarta-feira (16) e segue até domingo (20), tem apoio do Governo do Pará e é organizado em parceria com a Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (Sepi).
Durante cinco dias, o público acompanha competições como arco e flecha, corrida de tora, canoagem e futebol, além de rituais coletivos, apresentações culturais e shows. A mascote do festival uma onça-pintada com cocar e grafismos simboliza a força da floresta viva e da cultura indígena amazônica.
A secretária Puyr Tembé destaca que o festival é mais do que um evento: “É um encontro de histórias vivas, línguas que resistem e tradições que conectam gerações.” Já Leidiane Góes, da etnia Sateré Mawé, lembra que os jogos vão além do esporte: “São rituais que transmitem saberes e fortalecem nossa identidade.”

Além dos jogos, o festival também foi palco da Caravana dos Povos Indígenas Rumo à COP30, um momento de diálogo e preparação para a conferência climática da ONU, que acontece em novembro, em Belém. Líderes indígenas de diversas regiões se uniram para reforçar o protagonismo dos povos originários na agenda ambiental global.
Estão presentes etnias do Médio Xingu como Arara, Xipaya, Kuruaya, Asurini, Xikrin, Kayapó, Parakanã, Araweté e Juruna e também povos convidados de outras regiões, como Gavião Kyikatejê, Xikrin do Cateté e Kayapó Mebêngôkre. Cada povo traz suas expressões culturais únicas, mostrando ao mundo a riqueza e a resistência viva dos povos da floresta.
Imagem: Agência Pará