sábado, dezembro 7, 2024
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Irã rejeita apelos de França, Alemanha e Reino Unido para conter tensões com Israel

O Ministério das Relações Exteriores iraniano rejeitou os apelos de França, Alemanha e Reino Unido por moderação em relação a Israel. O Irã disse que falta aos chamados “lógica política” e que eles “contradizem princípios do direito internacional”.
Os países europeus solicitaram, em uma declaração divulgada na segunda que o Irã e seus aliados se abstivessem de realizar ataques contra Israel em retaliação ao assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do grupo terrorista palestino Hamas, ocorrido em Teerã no final de julho.
Teerã e seus aliados, incluindo o Hamas e o grupo terrorista Hezbollah, acusam Israel de estar por trás do assassinato, embora o governo israelense não tenha assumido nem negado a responsabilidade.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou apenas que seu país desferiu “golpes esmagadores” em aliados do Irã.
Grupos terroristas e o Irã têm feito promessas de vingança contra Israel e seus aliados, o que tem gerado preocupação entre governos da região e do mundo quanto à possibilidade de uma escalada da guerra no Oriente Médio.
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou na segunda-feira, 12, que os Estados Unidos estão se preparando para possíveis ataques significativos do Irã ou de seus representantes no Oriente Médio “ainda nesta semana”.
O porta-voz do ministério iraniano, Nasser Kanaani, criticou a declaração dos países europeus, afirmando que ignora os “crimes do regime sionista (Israel)” e exige que o Irã não responda a uma violação de sua soberania e integridade territorial.
Segundo o “The Wall Street Journal”, Israel colocou suas forças armadas em alerta máximo, enquanto o Pentágono enviou um submarino com mísseis guiados para a região e está acelerando a chegada do porta-aviões USS Abraham Lincoln, equipado com caças F-35, para reforçar as defesas de Israel.
Kanaani afirmou que o governo iraniano está determinado a desencorajar Israel e apelou para que os países europeus se posicionem contra a guerra em Gaza e as ações bélicas de Israel.
Na última sexta, um vice-comandante da Guarda Revolucionária do Irã declarou estar pronto para cumprir a ordem do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, de “punir duramente” Israel pelo assassinato de Haniyeh.
O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, afirmou na semana passada ter ligado para o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, para informá-lo sobre ajustes na postura das forças dos EUA e reforçar o apoio “inabalável à defesa de Israel”.

Imagem: Reprodução

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