terça-feira, agosto 12, 2025
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Motos da GCM e PM terão câmera com reconhecimento de pessoas e placas em SP

Com inteligência artificial do programa SmartSampa, equipamento reconhece placas de veículos furtados e pessoas procuradas pela Justiça

Guilherme Gama, da CNN

Na cidade de São Paulo, 100 câmeras do programa Smart Sampa devem ser acopladas em motos da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Polícia Militar (PM). O anúncio oficial e a entrega do equipamento deve acontecer nesta segunda-feira (11), pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Os dispositivos devem ser integrados à central de monitoramento e, ao cruzar a imagens captadas com o banco de dados da Justiça, agentes recebem os alertas “possibilitando abordagens mais rápidas e eficazes”, de acordo com a prefeitura.

“O objetivo da parceria entre Prefeitura e Governo do Estado é reforçar o combate a crimes envolvendo veículos furtados, roubados ou com placas adulteradas, além de ampliar a tecnologia de monitoramento urbano na capital”, afirmo o órgão municipal.

Em junho, sistema identificou 5.579 ocorrências envolvendo placas irregulares e, até a última quarta-feira (6), a cidade de São Paulo registrou a marca de 3.058 pessoas presas em flagrante com a tecnologia e reconhecimento facial.

PM terá bodycams com leitura de rostos e placas

No final do mês passado, a PM anunciou que deve implementar reconhecimento facial e leitura de placas nas câmeras corporais dos policiais. O objetivo é restringir o deslocamento de criminosos e aumentar as chances de prisão no território paulista.

Concluída a terceira fase de envio das novas câmeras com 8.123 equipamentos em funcionamento em São Paulo, a nova etapa prevê o que o total de câmeras atingirá 12 mil até o final do ano, ainda com o acréscimo de outras 3 mil câmeras em um aditivo contratual, até dezembro deste ano.

A previsão é de que a integração com IA no sistema ocorra no primeira semestre de 2026.

Especialistas alertam uso de IA na vigilância

Apesar dos resultados, o Panóptico, do Centro de Estudo de Segurança e Cidadania (CESeC), afirma que a tecnologia não demonstra “nenhuma alteração no aumento ou diminuição dos casos de furtos, roubos e homicídios na cidade”.

Ao custo de quase R$10 milhões ao mês, o programa que funciona desde novembro do ano passado, a não reduziu crimes (furtos, assaltos ou homicídios) e nem aumentou o número de cumprimento de mandados judiciais (apreensões de criminosos foragidos), de acordo com índices de produtividade policial analisados no estudo.

“Os erros de identificação documentados, a falta de regulação específica e o histórico de vieses raciais associados a esse tipo de tecnologia levantam preocupações sérias sobre o custo social do programa”, afirma a pesquisa.

Os pesquisadores criticam que, em um cenário de escassez orçamentária e serviços públicos precarizados,” é urgente reavaliar prioridades”.

 Reprodução/ SmartSampa

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