O Ministério da Fazenda anunciou nesta sexta-feira (13) uma revisão na projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2024, que passou de 2,5% para 3,2%. A alteração foi divulgada pela Secretaria de Política Econômica no boletim macrofiscal. Para 2025, a previsão foi reduzida de 2,6% para 2,5%, com projeções semelhantes para anos subsequentes. A revisão para 2024 reflete a expectativa de um novo ciclo de alta nos juros pelo Banco Central.
A equipe econômica prevê que, em 2025, o setor agropecuário e o desempenho externo contribuirão positivamente para o crescimento. Nos anos seguintes, com o crescimento estimado em torno de 2,5%, a expectativa é de que a reforma tributária e a produção e exportação de petróleo e energias renováveis tenham um impacto favorável.
A projeção de inflação para 2024 também foi revista, passando de 3,90% para 4,25%. Esta revisão aproxima a previsão do teto da meta de inflação deste ano, que é de 3%, com uma tolerância de 1,5%, totalizando um limite superior de 4,5%. A estimativa considera o impacto de um câmbio mais depreciado sobre os preços. A equipe econômica espera uma redução da inflação no acumulado de 12 meses após outubro.
O boletim destaca que a desaceleração dos preços era esperada a partir de agosto. Contudo, a mudança para a bandeira vermelha 1 nas tarifas de energia em setembro alterou a trajetória da inflação para o restante do ano.
– A desaceleração nos preços era esperada a partir de agosto, porém a mudança para bandeira vermelha 1 nas tarifas de energia em setembro, em função do alto percentual de acionamento do parque elétrico nacional, modificou a trajetória prevista para a inflação até o final do ano – afirmou o texto do boletim.
No início do mês, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que o PIB poderia superar as previsões do governo e resultar em um aumento da receita para 2025. Haddad indicou que o PIB poderia ultrapassar 2,7% a 2,8%, com algumas instituições projetando um crescimento superior a 3%. As informações são do R7.
Fonte: Pleno News/Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil