Na manhã deste sábado (26), cerca de 40 pessoas, incluindo transgêneros, migrantes, sem-teto, pobres e detentos prestaram uma homenagem comovente ao Papa Francisco nas escadarias da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Cada participante segurava uma rosa branca, simbolizando gratidão e despedida ao pontífice que, para muitos, foi uma figura paterna e defensora dos marginalizados.
A iniciativa foi coordenada por Dom Benoni Ambarus, secretário da Comissão para as Migrações da Conferência Episcopal Italiana, em colaboração com Dom Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias. O gesto reflete o compromisso de Francisco com os mais necessitados, alinhado ao seu desejo de ser sepultado fora do Vaticano, em um túmulo simples, apenas com a inscrição “Franciscus”.
Entre os presentes estavam migrantes que escaparam de campos de detenção na Líbia, detentos da prisão de Rebibbia onde Francisco abriu a Porta Santa em 2015 e pessoas trans assistidas por comunidades religiosas em Roma. Uma delas, com o apoio da Cáritas Diocesana, recentemente assinou seu primeiro contrato de trabalho, representando esperança e inclusão.
Este momento simbólico encerrou o funeral do Papa Francisco, que reuniu cerca de 250 mil pessoas na Praça de São Pedro, incluindo líderes mundiais. O cortejo seguiu até a Basílica de Santa Maria Maior, onde o pontífice foi sepultado conforme seu desejo.