sexta-feira, julho 26, 2024
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Rússia veta resolução da ONU sobre armas nucleares no espaço

Como um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, a Rússia tem poder de veto sobre qualquer resolução discutida pelo órgão. França, Reino Unido e Estados Unidos (que também têm este mesmo poder) votaram a favor da proposta, enquanto a China (outro país que poderia vetar o assunto) se absteve.

Em resumo, o voto russo derrubou a resolução sobre uma obrigação vinculante no Artigo IV do Tratado do Espaço Sideral de 1967, que diz que as nações “não devem colocar em órbita ao redor da Terra quaisquer objetos que portem armas nucleares ou quaisquer outros tipos de armas de destruição em massa”.

Além disso, a postura de Moscou aumenta as tensões mundiais já existentes. Isso porque o governo dos Estados Unidos acusou recentemente a Rússia de estar desenvolvendo uma arma nuclear espacial.

Os Estados Unidos avaliam que a Rússia está desenvolvendo um novo satélite carregando um dispositivo nuclear. Ouvimos o presidente Putin dizer publicamente que a Rússia não tem intenção de implantar armas nucleares no espaço. Se fosse esse o caso, a Rússia não teria vetado esta resolução.

A resolução sobre o assunto foi apresentada em conjunta por EUA e Japão. A proposta também fazia um apelo para que nações não desenvolvam armas nucleares ou quaisquer outras armas de destruição em massa projetadas para serem colocadas em órbita ao redor da Terra.

O embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, chamou a porposta de “um jogo inescrupuloso dos Estados Unidos” e uma “falsificação e engano cínicos”. Rússia e China propuseram uma emenda à resolução que proibiria todas as armas no espaço. Esta alteração obteve o apoio de cerca de metade do Conselho de Segurança, mas não foi aprovada. As informações são da Ars Technica.

ACUSAÇÃO

O governo dos EUA não forneceu maiores detalhes sobre a natureza da arma que estaria sendo desenvolvida pela Rússia.

O que se sabe é que ela supostamente serviria para atingir satélites que estão na órbita baixa do planeta.

Dessa forma, o armamento poderia destruir as comunicações civis, a vigilância do espaço e as operações militares de comando de países rivais.

A Casa Branca ainda descreveu o fato como uma “séria ameaça à segurança nacional”.

O governo da Rússia, por sua vez, negou qualquer informação ligada ao novo armamento.

Segundo o porta-voz do governo de Vladimir Putin, Dmitry Peskov, essa é uma estratégia do governo Biden para convencer o Congresso a liberar novos repasses bilionários para apoiar a Ucrânia na guerra.

Imagem: icedmocha/Shutterstock

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