Foi inaugurado ontem, terça-feira, 07, pelo governador do Estado, Helder Barbalho, o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, considerado o mais diversificado complexo tecnológico de produção florestal do mundo. O projeto, que integra o Plano Estadual de Bioeconomia, consolida o Pará como o maior polo de bioeconomia da América Latina e o único parque tecnológico do planeta voltado a transformar o potencial da floresta amazônica em oportunidades para comunidades tradicionais e startups do setor.
Localizado nos Armazéns 5 e 6 do antigo porto de Belém, no Complexo Porto Futuro, o espaço de 6 mil metros quadrados combina ciência, tecnologia e saberes tradicionais, com o objetivo de gerar negócios sustentáveis de alto valor agregado.
“O Parque de Bioeconomia da Amazônia é o mais importante equipamento do mundo neste segmento. Ele representa a industrialização e a transformação produtiva de recursos da floresta, com tecnologias de ponta, nacionais e internacionais. Nosso propósito é transformar a biodiversidade em riqueza. Em 2019 tínhamos cerca de 200 negócios ligados à bioeconomia; hoje são mais de 800”, destacou o governador Helder Barbalho.
Durante o evento, o governador conduziu uma visita ao Laboratório-Fábrica do Parque, onde foram apresentados os equipamentos e produtos que poderão ser desenvolvidos a partir da biodiversidade amazônica.

A vice-governadora Hana Ghassan ressaltou o potencial transformador do projeto:
“Esse espaço será um centro de negócios e de crescimento para a nossa economia. Parabéns a todos que contribuíram para tornar isso realidade.”
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Raul Protázio Romão, reforçou o caráter inovador do empreendimento:
“Estamos criando um ambiente onde conhecimento científico, inovação tecnológica e sabedoria tradicional caminham juntos para transformar a biodiversidade em oportunidades sustentáveis. O Pará está pronto para liderar a bioeconomia amazônica com responsabilidade e visão de futuro.”
A secretária Nacional de Bioeconomia, Carina Pimenta, destacou a importância simbólica e prática do Parque:
“Esta estrutura mostra que é possível produzir com a floresta viva. Queremos que seja uma vitrine e também um exemplo concreto de desenvolvimento sustentável.”
Durante a cerimônia, foi firmado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Governo do Pará e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com foco na integração entre o Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia e o Plano Estadual de Bioeconomia do Pará, além de programas de Pagamento por Serviços Ambientais.

ESTRUTURA E EIXOS ESTRATÉGICOS
O Armazém 5, chamado Centro de Negócios, abriga coworkings, incubadoras, aceleradoras, fundos de investimento e o Centro de Sociobioeconomia, que inclui um Laboratório Vivo e a Escola de Saberes da Floresta, voltados à valorização dos conhecimentos tradicionais. Também conta com o Centro de Gastronomia Social, que promove experiências gastronômicas sustentáveis e valoriza a cultura alimentar amazônica.
O Armazém 6 abriga o Laboratório-Fábrica, uma planta-piloto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para a produção experimental de alimentos, cosméticos e químicos finos a partir de insumos florestais. O local também abriga o Showroom de Inovação, vitrine de tecnologias verdes e novos produtos da bioeconomia.
A vice-presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Letícia Moraes, destacou o caráter histórico da iniciativa:
“Há 40 anos, duvidavam que fosse possível viver com a floresta em pé. Hoje, este projeto prova que é possível e marca um novo capítulo para os povos da floresta.”

PARCERIAS E INVESTIMENTOS
O Parque recebeu investimento total de R$ 300 milhões, fruto de parceria entre o Governo do Pará e a Vale, por meio do Programa Estrutura Pará. Durante a entrega, também foram firmados acordos de patrocínio com Natura, Ambipar e o Fundo Vale.
A diretora de Operações do Fundo Vale, Patrícia Daros, celebrou a iniciativa:
“Participar dessa construção é fazer parte de uma história de transformação para a bioeconomia da Amazônia.”
A vice-presidente da Natura, Ana Costa, destacou a relevância do projeto:
“A sociobioeconomia é uma solução integradora para enfrentar as crises climáticas e a perda de biodiversidade. Este Parque mostra que, juntos, podemos transformar a Amazônia em referência global de economia regenerativa.”
Já a diretora executiva da Ambipar, Fernanda Sossai, enfatizou o compromisso da empresa:
“É um orgulho participar de um projeto que impulsiona a bioeconomia e o desenvolvimento social da região amazônica.”
Com o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, o Pará consolida-se como protagonista mundial em desenvolvimento sustentável, unindo floresta, tecnologia e inovação em um mesmo propósito: gerar prosperidade com responsabilidade ambiental.
Da Redação do Jornal A PROVÍNCIA DO PARÁ
