segunda-feira, outubro 14, 2024
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Trabalhadores discutem em Belém os impactos das mudanças climáticas antes da COP 30

Sob o tema “Mudanças Climáticas, Trabalhadores rumo à COP 30”, foi aberto na tarde de ontem, quinta-feira, 21, no auditório do Sesc Ver-o-Peso, o primeiro seminário envolvendo o mundo sindical e trabalhadores dos mais variados setores com foco na Conferência Mundial para o Clima, da Organização das Nações Unidas, a COP 30, que se realizará em Belém no próximo ano. O evento, que se estenderá até hoje, sexta-feira, 22, é organizado pela União Geral dos Trabalhadores  – UGT Brasil e conta com a participação das diretorias executivas de vários Estados, que vieram conhecer a Amazônia a partir de Belém e as suas riquezas, problemas sociais sérios como a falta de saneamento, esgotos, emprego digno, além da imensa desigualdade de distribuição de rendas em relação às regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste brasileiras, conforme destacou o sindicalista José Francisco de Jesus Pantoja Pereira.

Durante a cerimônia houve um momento cultural com o ponto de cultura Cabano Mestiço/ Caldo de Turu, do bairro do Guamá, que fez uma performance diante da mesa de abertura com as autoridades e os cerca de 200 participantes do evento.

A abertura do seminário contou com as presenças do deputado estadual Fabio Filgueiras, do secretário municipal de Turismo de Belém, André Cunha, do vereador Chico Boi, de Ponta de Pedras; de autoridades de Santarém, além do sindicalista Magno Rogério Lavigne, representando o ministro Luiz Marinho, que fez a palestra magna de abertura do evento que pretende se adiantar às discussões referentes à Conferência Mundial para o Clima, em novembro de 2025, na capital paraense.

SANEAMENTO

Segundo Zé Francisco, que é dirigente nacional da UGT, o saneamento e esgoto ainda não atingiu nem toda a capital do Pará e sua região metropolitana, quanto mais as zonas periféricas da Amazônia.

ENFRENTAMENTO

O presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, destacou a importância de o trabalhador brasileiro se qualificar para o emprego verde, para buscar alternativas para os grandes problemas sem depender das decisões governamentais.

“A UGT é a primeira central sindical a puxar um debate sério para a questão do clima e da sustentabilidade. O trabalhador da Amazônia precisa se preparar para os grandes desafios que  vêm por aí; já estamos num mundo diferente, tecnológico. Quantas pessoas ainda vão ao banco? Tudo é feito pelo celular, pela Internet. Já é reduzido o número de bancários e isso ocorre em todas as atividades. Tem o home office,  a realidade é outra”, disse Ricardo Patah.

Os dirigentes sindicais debatem nesses dois dias o impacto das mudanças climáticas na vida dos trabalhadores. Estão previstas as presenças do ministro presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Lélio Bentes Corrêa; e da vice-governadora Hana Ghassan, presidente do Comitê Estadual da COP 30; além de representantes dos ministérios do Trabalho e Emprego e dos Povos Indígenas.

OPORTUNIDADE

Segundo a coordenação do seminário, esta será uma oportunidade para compartilhar experiências e estratégias para enfrentar os desafios climáticos que afetam o mundo do trabalho.

PROGRAMAÇÃO DE HOJE

8h30- Abertura com Ricardo Patah, José Francisco Pereira e Lourenço do Prado

9h- Painel 1: “Trabalho e Meio Ambiente: Proposta de um novo pacto social”, que terá como painelistas a secretária nacional de Gestão Ambiental e Territorial Indígena, Ceiça Pitaguary, representado a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; e Cássia Buffelli. A mesa será coordenada pelo presidente da UGT do Pará, Ivan Duarte.

10h- Painel 2: “Desenvolvimento sustentável, transição justa com inclusão laboral, empregos verdes, que terá como painelistas o secretário de Treinamento e Educação Sindical da Confederação Sindical das Américas (CSA-CSI), Cícero Pereira da Silva; e o coordenador de estudos e pesquisas sobre Trabalho e Meio Ambiente do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Nelson Karan. A coordenação será feita pelo presidente da UGT do Amazonas, Nindberg Barbosa dos Santos.

11h- Painel 3: “Educação climática: para garantir empregos no futuro” com os painelistas a oficial sênior de Programa da Organização Internacional do Trabalho- Escritório do Brasil (OIT Brasil), Andréa Bolzon; e do professor Wendell Andrade, do Instituto Talanoa, mestre em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia. A coordenação será do presidente da UGT do Mato Grosso do Sul, Jefferson Borges Silveira.

12h: Painel 4: “Energia, água e saneamento como direitos humanos” será com o ministro Jader Barbalho Filho e com o secretário de Direitos Humanos da UGT Nacional, Elimar Cavaleto. A coordenação ficará a cargo da presidente da UGT do Tocantins, Thelma Borges Milhomem.

13h: Palestra Magna “Impactos das mudanças climáticas no mundo do trabalho” pelo ministro Lélio Corrêa, presidente do TST e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

14h- Encerramento com a leitura da Carta de Belém por Ricardo Patah, Lourenço do Prado e José Francisco Pereira.

Imagens: Divulgação

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