O inusitado chegou à esfera jurídica: um casal está disputando na Justiça não só a guarda de uma bebê reborn aquelas bonecas hiper-realistas que imitam bebês reais mas também a administração de um perfil monetizado da boneca no Instagram.
A história foi compartilhada pela advogada e influenciadora Suzana Ferreira, que revelou que os ex-companheiros estavam lucrando com o conteúdo criado para a “filha reborn”, gerando engajamento, parcerias e até publicidade nas redes. “A conta é um ativo digital nos dias atuais, então também pode ser considerado como patrimônio”, explicou Suzana.
A disputa envolve ainda o controle da convivência com a boneca, a divisão do enxoval e dos custos relacionados à “criança”. “Não é meme”, garantiu a advogada, destacando como casos como esse estão se tornando mais comuns e desafiadores no direito contemporâneo.
O fenômeno dos bebês reborn voltou a crescer nos últimos meses, impulsionado por celebridades e influenciadores. Padre Fábio de Melo, por exemplo, emocionou ao adotar um reborn com síndrome de Down em homenagem à mãe. A influenciadora Sweet Carol também viralizou com um “parto” simulado de um desses bonecos, vídeo que ultrapassou 100 milhões de visualizações no TikTok.
De fato, os reborns conquistaram espaço como símbolo emocional e até cultural e agora, também como patrimônio digital.
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