A cena do rap paraense terá um sábado histórico em Belém. Neste dia 23, a Copa Paraense de Rimas chega à sua grande final, a partir das 19h, no Memorial dos Povos, reunindo os 16 melhores MCs do estado, classificados nas seletivas realizadas em diferentes cidades do Pará. O evento promete uma noite de improviso, criatividade e muita emoção, com entrada gratuita para o público.
Além das batalhas, a programação contará com shows especiais de grandes nomes do rap nacional, como Big Bllakk (RJ), Moraes MV e Bruna BG, com discotecagem de DJ Black. Big Bllakk, um dos principais nomes do drill no país, destacou a força do rap fora dos grandes centros:
“A galera do Norte rala em dobro pra ser ouvida. Não dá pra falar de cultura sem escutar quem vem de fora do eixo. E o Pará mostra que talento não falta.”
A Copa Paraense de Rimas é uma realização da Batalha de São Brás, tradicional berço do freestyle paraense, e tem se consolidado como um espaço de valorização da cultura urbana e do rap como ferramenta de expressão social e identidade amazônica. Ao longo das eliminatórias, centenas de MCs de diferentes cidades do estado participaram das batalhas, mostrando diversidade de estilos, letras criativas e mensagens sociais fortes.
Os organizadores destacam que todas as batalhas da final serão documentadas em vídeo, e o material será compilado em um filme que estreia ainda este ano, aproveitando o momento de visibilidade cultural que Belém terá com a realização da COP30. O registro audiovisual pretende mostrar a força e a riqueza da cena do rap paraense, valorizando seus protagonistas e as comunidades que fomentam essa cultura.
Para o público local, o evento também funciona como um espaço de fomento à cultura urbana, inspirando jovens a se envolverem com a música, a escrita e a arte de improvisar. As batalhas são avaliadas por jurados experientes, que analisam criatividade, rima, métrica e impacto da performance.
O evento promete movimentar o Memorial dos Povos com mais de mil participantes, entre competidores, artistas, equipes de produção e espectadores, reafirmando o rap como uma das maiores expressões culturais da Amazônia.
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