domingo, outubro 13, 2024
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Ortopedista alerta para os riscos de quedas e doenças comuns nessa fase da vida

1º de outubro é o Dia Nacional do Idoso e o Dia Internacional da Terceira Idade. Segundo dados do IBGE, houve aumento na expectativa de vida do brasileiro em 2024,  podendo chegar a mais de 76 anos de idade. Por isso, os especialistas reforçam que é cada vez mais necessário atentar para os cuidados com a saúde para viver bem a longevidade.

A médica Márcia Maradei,  especialista em ortopedia e traumatologia e cirurgia de mão, alerta para os  perigos que rondam as pessoas com idade superior a 60 anos. Ela explica que, com o avanço da idade, aumentam também os fatores de risco para traumas ortopédicos na vida cotidiana e o surgimento de doenças próprias dessa fase da vida.

Isso ocorre porque, durante o envelhecimento, o sistema do corpo humano vai perdendo a vitalidade. O aparelho locomotor, formado por estruturas ósseas, músculos, articulações e  tendões, entra em processo de degradação, comprometendo o equilíbrio, a marcha, os reflexos e a coordenação.

“Esse cenário favorece o aparecimento de doenças e a ocorrência de acidentes, como quedas, que podem resultar em traumas graves. Se você é idoso ou idosa, ou tem alguém na família com esse perfil, é importante atentar para esses riscos.”, ressalta a médica.

A especialista explica que várias doenças surgem com o avanço da idade e que, entre as principais, estão a osteoporose e a artrose.

A osteoporose se manifesta com a perda da densidade óssea, o que fragiliza os ossos e coloca o idoso em risco maior de sofrer fraturas. Além disso, diabetes, tabagismo, deficiência de vitamina D e cálcio, além do sedentarismo e menopausa, também são fatores de risco para a doença.

A artrose caracteriza-se pelo desgaste da cartilagem nas articulações. É mais frequente nos joelhos, quadris,  pés e mãos. A dor é o sintoma mais comum e aparece na execução de movimentos simples do dia a dia.

Traumas por queda – No Brasil, cerca de 25% das quedas são sofridas por pessoas idosas, moradoras de áreas urbanas. A informação é do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), financiado pelo Ministério da Saúde.

Esse dado é um alerta, afinal, uma queda pode provocar fraturas graves e gerar incapacidades funcionais e motoras no acidentado, principalmente se for idoso. Segundo Márcia Maradei, as principais fraturas em pessoas da terceira idade ocorrem no quadril, coluna vertebral, punho e na região próxima ao ombro.

Tratamentos – Hoje há vários tratamentos para os mais diversos tipos de fraturas e a avaliação sobre a melhor terapia a ser empregada deve ser feita pelo médico especialista. Mas é importante que o tratamento comece o mais rápido possível.

Prevenção –  A ortopedista reforça que os cuidados com a pessoa idosa são fundamentais. Dentro de casa e nas ruas. Em casa é importante manter os locais iluminados, evitar ao máximo os pisos escorregadios, usar calçados antiderrapantes, não deixar objetos pelo chão nos quais o idoso possa tropeçar, além de colocar barras de apoios onde for necessário, como no banheiro, no quarto etc. 

Na rua, é aconselhável evitar as calçadas quebradas, escorregadias e desniveladas. O ideal é  transitar por locais iluminados, prestar atenção nas subidas e descidas no meio-fio, não carregar sacolas muito pesadas e, caso seja necessário, usar instrumentos de apoio, como a bengala. 

Além disso, a ortopedista destaca que é recomendável a ida periódica ao médico, manter uma alimentação saudável, evitar hábitos nocivos à saúde, como fumar e bebidas alcoólicas em demasia, e é importante praticar atividades físicas regularmente, de preferência com orientação de um profissional da área.

Foto: Divulgação

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