Um fazendeiro do Marajó está idealizando um centro de estudos exclusivo dedicado ao búfalo apelidado de “universidade do búfalo” com o objetivo de impulsionar pesquisas que envolvam genética, manejo, sustentabilidade e aproveitamento integral desse animal tão simbólico da região.
O idealizador do projeto é Carlos Augusto Gouvêa, conhecido como “Tonga”, proprietário da Fazenda e Empório Mironga. A proposta ainda está na fase inicial, sem previsão definida para execução, mas já desperta interesse por seu potencial de impacto econômico, social e ambiental.

A Ilha do Marajó possui o maior rebanho de búfalos do Brasil, estimado entre 650 mil e 800 mil cabeças, concentradas especialmente nos municípios de Soure, Chaves e Cachoeira do Arari.
O búfalo está presente no cotidiano local: além do trabalho (na pecuária e transporte), ele é parte da cultura, da gastronomia (queijos, carnes) e até do turismo de experiência.
O que prevê o centro
O futuro “Centro de Estudos da Bubalinocultura” teria como missões:
Pesquisar genética para melhorar rebanhos e produtividade.
Estudar manejo adequado e práticas sustentáveis, para aumentar a qualidade do leite, do couro e da carne do búfalo.
Envolver áreas diversas, não apenas veterinária ou zootecnia, mas também turismo, tecnologia, alimentos e até medicina.
Situação atual e desafios
O projeto ainda não saiu do papel. São fases de planejamento, estudos e articulação.
A Fazenda Mironga já atua atualmente com turismo pedagógico (“Vivência Mironga”), produção artesanal de queijos de búfala e produção em pequena escala, servindo de base para o que se pretende expandir.
Há desafios logísticos, sanitários e de escala: legalização de queijos artesanais, estrutura de produção, pesquisa aplicada, financiamento e capacitação técnica são alguns dos pontos que precisam de atenção.
Gerar renda local, agregando valor aos produtos da bubalinocultura, valorizando traços culturais do Marajó.
Fortalecer o turismo local, especialmente com agentes interessados em ecoturismo, turismo de experiência e gastronomia regional.
Contribuir para práticas produtivas mais sustentáveis, compatíveis com os desafios ambientais e climáticos importante no contexto da COP30 e da proteção da Amazônia.
Imagem: Agência Brasil