sexta-feira, dezembro 13, 2024
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II Encontro de Abridores de Letras reúne artistas da Amazônia em Belém

Segundo o pesquisador e ativista socioambiental João Meirelles Filho, autor do Livro de Ouro da Amazônia, navegam na Amazônia cerca de cem mil barcos, em sua maioria embarcações acanhadas, de pequeno porte, construídas artesanalmente para o uso familiar. São estes os que mais se utilizam desta tradição de pintura popular.

Fernanda Martins destaca que a cultura visual, e dentro dela a representação gráfica, tem tanta importância para a Amazônia quanto a música, a dança, a comida, pois reflete saberes que são exclusivamente locais. “É a linguagem comum aos ribeirinhos que traduzem, nos seus modos de fazer, a verdade do povo amazônico”, diz.

Programação

O II Encontro reúne 27 abridores de diversas regiões ribeirinhas do Pará. Entre as atividades do evento, está a oficina de miriti ministrada por mestres artesãos. A proposta é criar um intercâmbio de saberes entre os artistas populares para que eles possam criar produtos a partir do encontro dos brinquedos de miriti e da técnica de abertura de letras.

Haverá ainda um workshop de redes sociais, com noções práticas de captação de fotos e vídeos, e introdução à edição de vídeos, para que os artistas ribeirinhos possam usar a internet como ferramenta de trabalho para expor seus produtos e comercializá-los para todo Brasil.


No debate sobre melhores práticas para defender os direitos autorais, a programação traz o bate-papo “Que Direito é esse que nós temos sobre nossas letras?”, que será conduzido por José Benatti,  advogado, mestre em Direito e doutor em Ciência e Desenvolvimento Socioambiental (UFPA), professor titular da graduação e pós-graduação em Direito. O Encontro promove ainda o debate “Eu vi um barco com uma letra linda, vou fazer um mais bonito!”, uma reflexão sobre a prática do abridor no estaleiro, a cópia e apropriação.

Serviço:


II Encontro de Abridores de Letras reúne artistas da Amazônia em Belém. A programação será dia 26, no Palacete Pinho, às 16h; e dias 27, 28 e 29, na Bienal das Amazônias. Informações aqui (https://www.instagram.com/letrasqflutuam/).

Imagem: Divulgação

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