A cidade de Belém ganha uma nova mostra cultural: a exposição “Belém da Belle Époque”, que inaugura no dia 25 de setembro, na Casa Fauno, no Reduto. O arquiteto, poeta, artista visual e escritor Jeová Barros é o criador da mostra, nascida de uma pesquisa que redesenhou 25 casarões históricos da capital paraense.
A visitação será gratuita, de quinta a domingo, das 19h às 00h, até 25 de novembro. Na abertura, haverá uma roda de conversa com Jeová, na qual ele vai explicar o processo criativo, as técnicas utilizadas e o trabalho de reconstrução gráfica que deu vida às fachadas perdidas, modificadas ou demolidas.
Jeová Barros contou que o projeto começou com o estudo de 50 imóveis que sofreram intervenções drásticas, e desses ele selecionou 25 para integrar a exposição. Cada desenho foi feito em grafite sobre papel manteiga, com lupas (convencionais e eletrônicas), e depois digitalizado e tratado para impressão. As obras serão exibidas em fotos 30×40, impressas em vinil, molduradas e acompanhadas de QR codes que permitem ao público acessar conteúdos extras.
Além dos desenhos, a mostra inclui 12 poemas sobre a Belém antiga, uma maquete do antigo prédio da Bolsa de Valores e um pôster com estampas dos 25 casarões redesenhados. Jeová descreve a exposição como um “inventário-obituário” da memória arquitetônica urbana uma forma de revisitar o passado e reforçar a consciência patrimonial em Belém.
Ele também destacou que a iniciativa nasce do mestrado em Arquitetura que realizou na UFPA, com orientação da professora Celma Chaves Vidal, e produção visual e curadoria sob orientação do Prof. Dr. Paulo Nunes. Para o artista, mais do que estética, é urgente haver políticas públicas que protejam o patrimônio histórico e valorizem a identidade da cidade.
Imagem: Celso Rodrigues/Dário do Pará)