Uma série de incêndios em áreas de mata tem sido registrada em solo paraense, tanto na região metropolitana quanto no interior. O Corpo de Bombeiros Militar, a Defesa Civil Estadual e organizações não governamentais têm agido no sentido não apenas de combater esses incêndios, como também, para dar apoio às populações atingidas, especialmente nesta fase em que o Estado tem passado por forte estiagem, com ausência de chuvas. Breves, no Marajó, Mosqueiro, em Belém, e Altamira, no oeste paraense, são alguns dos fatos registrados nos últimos dias. São casas, empresas, áreas de mata fechada, vários pontos e casos isolados.
Nesse sábado, 16, um incêndio atingiu duas casas no bairro Jardim Uirapuru, em Altamira, no sudoeste do Pará. Uma criança e um adolescente morreram no fogo, e outras duas pessoas foram socorridas.
No dia 6 de novembro, um incêndio consumiu uma mata na ilha de Mosqueiro, distrito de Belém, atingindo plantações e destruindo casas. As causas do incidente ainda não foram esclarecidas, mas há suspeitas de que tenham sido de origem criminosa.
Em outubro, um incêndio atingiu uma área de mata no bairro da Marambaia, em Belém. O Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) e o 2° Batalhão de Infantaria de Selva (2° BIS) atuaram no local. O local dessa ocorrência foi na Rua da Marinha, onde existe uma área militar.
CONCÓRDIA DO PARÁ
Em janeiro deste ano, um incêndio destruiu o fórum do município de Concórdia do Pará, na região do Guamá. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o quartel mais próximo fica a 100 quilômetros de distância.
Segundo organizações não governamentais que mapeiam esses casos, o Pará tem registado um grande número de focos de incêndios, sendo o segundo Estado com mais focos no país, atrás apenas do Mato Grosso. A combinação de condições climáticas adversas e atividades ilegais relacionadas ao uso do fogo contribuem para este cenário.
ACARÁ
Em outubro passado, um incêndio de grandes proporções atingiu uma área de mais de 15 km de mata no município do Acará, no nordeste do Pará. O fogo concentrou-se na comunidade Bom Futuro, onde 15 famílias foram afetadas, segundo informações da Polícia.
O incêndio causou problemas de saúde aos moradores, que precisaram de atendimento médico urgente devido à inalação da fumaça. Também foram encontrados animais mortos e outros tentando fugir do fogo.
Equipes de bombeiros e agentes civis estiveram na área para conter o avanço das chamas e dar suporte às famílias.
Algumas causas de incêndios florestais são: Fagulhas de máquinas e veículos, Rompimento de cabos de eletricidade, Raios.
PREJUÍZOS AMBIENTAIS
Além das populações do entorno que ficam prejudicadas, também a fauna e a flora sofrem com as queimadas. As espécies animais são obrigadas a fugir de seus habitats naturais para escaparem da morte, do forte calor e da fumaça.
A fumaça deixa várias cidades com clima pesado e aumentam os casos de internamentos, especialmente de crianças, em função da inalação de fumaça e do ar poluído nessas áreas.
Por outro lado, ainda ocorre a destruição de plantações que garantem a subsistência de várias comunidades e, desta forma, o governo acaba tendo de carrear recursos para socorrer as vítimas desses incêndios, o que gera problemas para todos os lados.
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