Cantor gospel foi atingido por disparos em terminal rodoviário de São Paulo; caso está sendo investigado pelas polícias Civil e Militar
O cantor gospel João Igor, de 26 anos, recebeu alta da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo na madrugada desta quinta-feira (31), após ter sido baleado por um policial militar. O momento da saída do hospital, em cadeira de rodas, foi registrado e divulgado nas redes sociais pela influenciadora Fernanda Ganzarolli.
De acordo com Jéssica Neves, noiva do artista, João foi atingido por dois disparos: um de raspão na perna e outro no braço, e deverá passar por cirurgia.
Ao deixar a unidade de saúde, João agradeceu pelas orações e o apoio recebido:
“Quero agradecer também ao hospital, ao pronto-socorro, à ortopedia. Muito obrigada pela atenção. Eu já agradeci a Deus e é isso! Amanhã vou estar me pronunciando, falando o que aconteceu pra vocês. Agora vou descansar com a família”, declarou o cantor.
Entenda o caso
João Igor foi baleado na tarde de quarta-feira (30), no Terminal Rodoviário da Barra Funda, em São Paulo. Segundo nota conjunta das polícias Civil e Militar, o policial envolvido embarcou em um ônibus com destino a Bauru e, ao sentir odor de maconha vindo da bagagem de dois passageiros, tentou abordá-los. Durante a ação, houve uma luta corporal e os três caíram da escada do ônibus. Nesse momento, ocorreram os disparos.
A nota informa ainda que:
João Igor foi socorrido e levado à Santa Casa;
O policial sofreu ferimentos na mão e foi atendido na UPA da Lapa;
Um segundo passageiro não se feriu, mas com ele foi encontrada substância semelhante à maconha;
O caso foi registrado no 91º Distrito Policial (Ceasa) como resistência, lesão corporal decorrente de intervenção policial e apreensão de objeto.
Outras versões
Nas redes sociais, pastor César Souza, mentor espiritual de João Igor, contestou a versão policial.
“Ele estava sentado com o irmão dele fazendo uma live, e o policial tomou à frente brutalmente, tentando tomar o celular e agredi-lo. […] Acabou ocorrendo esses tiros. Ele tem uma vida ilibada”, afirmou.
O cantor gospel George Lean também defendeu João, afirmando que tudo foi um mal-entendido. “É impossível eles usarem entorpecentes dentro do ônibus, nem alguém que não é cristão faria isso.”
As investigações seguem em andamento. Exames periciais foram solicitados ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML).
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