Durante a Semana do Clima de Nova Iorque, que começa em 22 de setembro de 2025, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, junto com Simon Stiell, secretário-executivo da UNFCCC, fez um apelo para que governos, empresas e sociedade civil unam forças num “mutirão climático”. A proposta visa acelerar a implementação prática dos compromissos firmados nos últimos anos, especialmente dentro do Acordo de Paris.
A ideia de mutirão, segundo Corrêa do Lago, é mobilizar todos os atores mesmo que individualmente para agirem dentro de suas capacidades, desde que alinhados a um plano claro de metas e responsabilidades. Ele destacou que a COP30, que será sediada em Belém entre 10 e 21 de novembro, tem como tarefa transformar promessas em ações.
Simon Stiell reforçou que a COP30 vem preparada para mostrar os avanços feitos até aqui inclusive destacando que as negociações globais já avançaram em instrumentos como o Global Stocktake (GST), que avalia progresso dos países a cada cinco anos. Ele lembrou também que é preciso alcançar o financiamento climático de US$ 1,3 trilhão por ano para países em desenvolvimento, um dos grandes gargalos para a implementação de políticas efetivas.
O mutirão climático inclui participação de governos subnacionais, setor privado, academia, comunidades tradicionais e sociedade civil em geral. O objetivo é garantir que iniciativas como redução de desmatamento, promoção de energias renováveis, proteção de biodiversidade e políticas de adaptação cheguem ao nível de execução não fiquem só no papel.
Imagem: Gov BR