Na 29ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 29), em Baku, no Azerbaijão, o governador do Pará, Helder Barbalho, ressaltou durante o painel “From Baku to Belém and Beyond”, o grande desafio e privilégio de sediar a próxima COP na Amazônia, em Belém, em 2025.
“É um prazer falar sobre o desafio de sediar a próxima COP no próximo ano”, declarou o governador do Pará, enfatizando o simbolismo da escolha de uma cidade localizada na maior floresta tropical do mundo para esse evento. Ele também mencionou o prefeito eleito de Belém, Igor Normando, que começará seu mandato em janeiro, e a importância de unir esforços para preparar a capital para a COP 30.
Helder Barbalho destacou a diversidade da Amazônia, onde vivem 29 milhões de pessoas, e reforçou a necessidade de se equilibrar o desenvolvimento urbano com a preservação ambiental.
O evento abriu espaço para iniciativas subnacionais voltadas para o meio ambiente, destacando o Pará, Estado sede da COP 30.
O governador também aproveitou o momento para chamar atenção para a urgência de criar fundos e facilitar o acesso a recursos financeiros para implementação de ações voltadas ao clima, meio ambiente e bem-estar da população, como infraestrutura, recuperação florestal, bioeconomia e a modernização dos transportes. “É muito importante mudar o modelo de transporte, implementar ônibus elétricos e reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, afirmou.
A partir desse contexto, o chefe do Executivo paraense detalhou as ações climáticas do Governo do Estado que estão em curso para enfrentar os desafios ambientais. Helder falou sobre o Projeto de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que oferece compensações financeiras a agricultores, comunidades e organizações que conservam e restauram áreas florestais. Com o PSA, o estado valoriza serviços ambientais como a regulação climática e a conservação dos recursos hídricos, promovendo práticas sustentáveis e a regeneração da vegetação nativa.
O governador do Estado também apresentou o Programa Territórios Sustentáveis (PTS), que promove a regularização fundiária e a produção de baixo impacto, oferecendo suporte técnico e infraestrutura para as comunidades locais. O PTS visa garantir a segurança ambiental e a participação ativa das comunidades na conservação dos recursos naturais, criando territórios alinhados ao desenvolvimento de baixo carbono.
Outro destaque apresentado pelo governador do Pará foi o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN), que promove o reflorestamento com espécies nativas, gera créditos de carbono e integra comunidades na restauração ecológica de áreas degradadas. O PRVN conecta a recuperação da vegetação a oportunidades econômicas sustentáveis, incentivando a bioeconomia e contribuindo para as metas climáticas globais.
Essas iniciativas resultaram em uma redução de 28,4% nas emissões de gases de efeito estufa relacionadas ao desmatamento em 2024, refletindo a eficiência das ações previstas no Plano Estadual Amazônia Agora, que protege a floresta e estimula a produção sustentável.
Fonte: Agência Pará/Foto: Thalmus Gama