Nesta quarta-feira (12), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que chegou a um acordo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para que os dois países iniciem “negociações imediatas” para acabar com a guerra na Ucrânia.
Como Trump explicou em sua rede social Truth Social, o acordo com Putin foi alcançado após um “telefonema longo e muito produtivo”, no qual ambos os líderes expressaram sua vontade de “parar os milhões de mortes que estão ocorrendo na guerra entre a Rússia e a Ucrânia”.
Não está claro qual papel, se é que teve algum, a Ucrânia pode ter desempenhado nesse acordo entre Trump e Putin. O presidente dos EUA disse que pretendia ligar imediatamente para o governante ucraniano, Volodymyr Zelensky, para informá-lo sobre a conversa com o presidente russo.
Trump disse que EUA e Rússia “começarão as negociações imediatamente” e que a delegação americana será liderada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, pelo diretor da CIA, John Ratcliffe, pelo assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Michael Waltz, e pelo enviado especial Steve Witkoff.
– Milhões de pessoas morreram em uma guerra que não teria acontecido se eu fosse presidente, mas aconteceu, então precisa acabar. Nenhuma outra vida deve ser perdida – declarou Trump.
O republicano afirmou que está convencido de que essas negociações “serão bem-sucedidas”.
O presidente americano explicou ainda que, durante sua conversa com Putin sobre a guerra na Ucrânia, o presidente russo usou a expressão “bom senso”, que Trump também usou para justificar algumas de suas decisões desde seu retorno ao poder em 20 de janeiro.
Os dois líderes também concordaram em fazer visitas oficiais aos países um do outro, de acordo com Trump.
Trump aproveitou a oportunidade para agradecer a Putin por “seu tempo e esforço” na ligação, bem como pela recente libertação de Marc Fogel, um professor americano detido na Rússia desde agosto de 2021, que Trump recebeu na Casa Branca na noite passada.
Além disso, os dois líderes discutiram outras questões, como a situação no Oriente Médio, a política energética, a inteligência artificial, o “poder” do dólar e outras questões de interesse bilateral, disse Trump.
Eles também refletiram sobre a “grande história” das duas nações e o fato de que os dois países lutaram juntos “com grande sucesso” na Segunda Guerra Mundial, na qual a União Soviética perdeu “dezenas de milhões de pessoas” e os Estados Unidos sofreram “inúmeras” baixas.
– Cada um de nós falou sobre a força de nossas nações e os grandes benefícios que um dia obteremos ao trabalharmos juntos – disse Trump.
Essa é a primeira vez que Trump anuncia publicamente que conversou com Putin desde seu retorno à Casa Branca. No entanto, o jornal The New York Post informou no sábado que, em uma entrevista exclusiva com o presidente, ele já havia revelado que havia conversado com o líder russo para negociar o fim da guerra na Ucrânia.
Os dois líderes se encontraram pessoalmente em pelo menos cinco ocasiões durante o primeiro mandato do americano (2017-2021), em alguns casos à margem de cúpulas internacionais, como o G20, mas também em reuniões formais, como a cúpula de Helsinque em 2018, com o objetivo expresso de abordar o relacionamento entre as duas potências.
*EFE
Fonte: Pleno News/Foto: EFE/EPA/FRANCIS CHUNG/POLITICO / POOL